Avião da Korean Air Lines: Cho é acusada de violar várias normas de segurança da aviação (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 31 de dezembro de 2014 às 09h23.
Seul - As autoridades da Coreia do Sul prenderam nesta quarta-feira a ex-vice-presidente da Korean Air, Cho-Hyun-ah, por violações à lei da aviação do país após o incidente que ficou conhecido como "o caso das nozes".
A filha do presidente da companhia aérea saiu do escritório da promotoria com a cabeça baixa e os olhos fechados, desculpando-se frente aos repórteres que estavam no local antes de ser enviada ao centro de detenção de Seul.
No último dia 5 deste mês, Cho mandou suspender a decolagem de um voo que ia de Nova York para Incheon, na Coreia do Sul, para expulsar uma aeromoça que havia lhe servido de forma equivocada nozes de macadâmia.
A expulsão da tripulante obrigou que piloto reposicionasse o avião, com 250 passageiros a bordo, no portão de embarque do aeroporto JFK, causando um atraso de 11 minutos.
A ordem de prisão para Cho Hyun-ah, também conhecida como Heather Cho, foi dada por um juiz de Seul, que considerou o caso como grave.
Além disso, segundo a agência "Yonhap", ele avaliou que a cúpula da Korean Air tentou abafar o episódio.
Cho, de 40 anos, é acusada de violar várias normas de segurança da aviação, entre elas mudar planos de voo e cometer agressões dentro de uma aeronave, explica a "Yonhap".
O juiz também emitiu ordem de prisão para um executivo da Korean Air, identificado apenas por seu sobrenome, Yeo, acusado de mandar empregados da companhia destruírem um relatório inicial do incidente.
Após o "caso das nozes" ter sido revelado, Cho renunciou ao cargo de vice-presidente da Korean Air e pediu desculpas públicas pelo ocorrido.
O caso está gerando uma grande polêmica na Coreia do Sul, onde se abriram debates sobre o elevado poder de famílias proprietárias de grandes empresas, como a Korean Air, a Samsung ou a Hyundai, que detêm grande influência política e econômica no país.