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Ex-programador da CIA que vazou ferramentas de hacking é condenado a 40 anos de prisão

Joshua Schulte, trabalhava para a unidade de elite de hacking da CIA quando pegou sigilosamente as ferramentas "Vault 7" usadas para invadir computadores

Joshua Schulte: ex-CIA foi considerado culpado em 2022, no tribunal federal de Nova York, pelo vazamento das, dois anos após o seu julgamento ser anulado (Linkedin/Reprodução)

Joshua Schulte: ex-CIA foi considerado culpado em 2022, no tribunal federal de Nova York, pelo vazamento das, dois anos após o seu julgamento ser anulado (Linkedin/Reprodução)

Agência o Globo
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Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 10h22.

Um ex-programador da CIA foi sentenciado a 40 anos de prisão por vazar ferramentas valiosas e confidenciais de hacking da agência de inteligência americana para o Wikileaks. Joshua Schulte também foi considerado culpado de possuir imagens de pornografia infantil.

Ele foi considerado culpado em 2022, no tribunal federal de Nova York, pelo vazamento das, dois anos após o seu julgamento ser anulado.

Joshua Schulte, 33, trabalhava para a unidade de elite de hacking da CIA quando pegou sigilosamente as ferramentas "Vault 7" usadas para invadir computadores e sistemas de tecnologia e, após deixar o emprego, enviou-as para o grupo antisigilo.

O "Vault 7" era uma coleção de malware, vírus, cavalos de Troia e fragmentos maliciosos que, uma vez vazados, estavam disponíveis para serem usados por grupos de inteligência estrangeiros e hackers de todo o mundo. Segundo os promotores, Schulte era um funcionário ressentido, que vazou os 8.761 documentos para prejudicar a agência.

"Schulte estava ciente de que o efeito colateral de sua ação poderia representar uma ameaça extraordinária para esta nação se tornada pública", disse o procurador Damian Williams. O vazamento teve "um efeito devastador em nossa comunidade de inteligência, fornecendo informações cruciais para aqueles que querem nos prejudicar", assinalou.

Schulte era suspeito quando o Wikileaks começou a publicar os segredos, mas, em 2017, foi acusado apenas de ter uma extensa coleção de pornografia infantil em seu computador. Acusações por roubo e transmissão de informações de segurança nacional foram adicionadas posteriormente.

Em 2020, um júri o condenou apenas por acusações menores. Em julho de 2022, um novo júri condenou Schulte por oito acusações sob a Lei de Espionagem e uma de obstrução da Justiça. Ele ainda enfrentava, à época, um processo separado por pornografia infantil.

O vazamento, que surpreendeu a CIA em março de 2017, foi catalogado como a perda de material classificado mais prejudicial na história da agência de inteligência.

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