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Ex-primeiro-ministro da Malásia é preso acusado de corrupção

Acusações são em relação aos 2,6 bilhões de ringgits (cerca de US$ 627 milhões) encontrados em suas contas pessoais

EX-PRIMEIRO MINISTRO DA MALÁSIA: Najib desde o começo diz que esta quantia trata-se de uma doação da casa real saudita (Lai Seng Sin/Reuters)

EX-PRIMEIRO MINISTRO DA MALÁSIA: Najib desde o começo diz que esta quantia trata-se de uma doação da casa real saudita (Lai Seng Sin/Reuters)

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EFE

Publicado em 19 de setembro de 2018 às 08h48.

Última atualização em 19 de setembro de 2018 às 08h51.

Bangcoc - O ex-primeiro-ministro da Malásia, Najib Razak, sobre o qual existe várias acusações de lavagem de dinheiro entre outros crimes relacionados com o caso de desvio e desfalque do fundo estatal 1 Malaysia Development Berhad (1MDB), foi detido, de acordo com confirmação feita nesta quarta-feira pela Comissão Anticorrupção do país.

Depois de passar a noite detido, o ex-mandatário conhecerá amanhã as novas acusações formais que enfrentará em relação dos 2,6 bilhões de ringgits (cerca de US$ 627 milhões) encontrados em suas contas pessoais, que segundo as investigações, vieram do 1MDB.

Najib, que foi detido por este caso em julho, desde o começo diz que esta quantia trata-se de uma doação da casa real saudita.

No último dia 10, o político postou na rede social Facebook uma suposta carta do príncipe saudita Abdulaziz Al Saud de 2011, na qual lhe presenteia com US$ 100 milhões, para sustentar sua inocência.

Najib, de 65 anos, foi primeiro-ministro da Malásia de 2009 até em maio deste ano quando, acossado pelos escândalos de corrupção, perdeu as eleições gerais diante da oposição liderada pelo veterano Mahathir Mohamad, seu antigo mentor.

O ex-governante foi acusado em 4 de julho em um tribunal de Kuala Lumpur por abuso de confiança e abuso de poder em relação com a suposta desvio do fundo de investimento estatal.

Um mês mais tarde, a Promotoria comunicou Najib a acusação dos crimes de lavagem de dinheiro por três ingressos em suas contas privadas de um total de 42 milhões de ringgit (US$ 10,3 milhões) procedentes da SRC International, uma filial de 1MDB.

Estas acusações, supostamente cometidos entre 2011 e 2015, são passíveis de penas máximas de entre 15 e 20 anos de prisão.

O ex-mandatário, que passou em julho menos de uma semana sob detenção, permanecia em liberdade pagando uma fiança e tem proibido sair do país.

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