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Ex-presidente Rafael Correa se dispõe a depor em caso Odebrecht

A decisão de se Correa pode ou não ser chamado a julgamento recai sobre o tribunal que dirige o julgamento

Rafael Correa: "Sempre defenderei a verdade e a justiça", escreveu Correa (Mariana Bazo/Reuters)

Rafael Correa: "Sempre defenderei a verdade e a justiça", escreveu Correa (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 28 de novembro de 2017 às 14h07.

Quito - O ex-presidente do Equador Rafael Correa se mostrou disposto nesta terça-feira a prestar depoimento como testemunha no caso em que Jorge Glas, o vice-presidente sem funções do país, é acusado de formação de quadrilha e que envolve o pagamento de propina por parte da construtora Odebrecht.

"Certamente! Sempre defenderei a verdade e a justiça", escreveu Correa no Twitter em mensagem na qual colocou um link para um comentário de ontem de Eduardo Franco Loor, advogado de Glas, em que este anunciava que pedirá o seu comparecimento.

A mensagem de Loor diz: "o ex-presidente Rafael Correa está disposto a depor como testemunha neste caso! Pediremos amanhã na audiência pública que assinale o dia e a hora para isto. Fundamentaremos devidamente pois o VP (vice-presidente) Jorge Glas é vítima de uma mentira vil. Ele não cometeu crime!".

Hoje começa a quinta jornada consecutiva de audiências no julgamento de Glas e de outros oito acusados pelo mesmo caso, no qual outras quatro pessoas estão foragidas, entre elas o ex-controlador-geral Carlos Pólit.

Ontem prestou depoimento Alexis Mera, que foi secretário jurídico da presidência de Correa, e que - segundo um comunicado do Ministério Público equatoriano - declarou que foi Glas quem negociou o retorno da companhia brasileira ao país quando exercia o cargo de ministro de Setores Estratégicos, entre 2010 e 2012, e que, a partir de 2013, foi Correa que determinou a Glas "o uso deste setor".

A decisão de se Correa pode ou não ser chamado a julgamento recai sobre o tribunal que dirige o julgamento.

Correa, que vive na Bélgica desde julho, chegou na madrugada de sábado ao Equador para participar no dia 3 de dezembro de uma convenção nacional do movimento governista Aliança País.

Nessa reunião, Correa e seus correligionários tentarão expulsar do partido o atual presidente do país, Lenín Moreno, por supostamente "trair" os princípios da Revolução Popular.

Os partidários do presidente se desvincularam da convocação, que será realizada na província litorânea de Esmeraldas, no noroeste do país.

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