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Ex-presidente peruano repete que não recebeu propina da Odebrecht

"Que diga o senhor Barata quando, como, onde e em que banco me deu 20 milhões", afirmou sobre ex-diretor

Odebrecht: ex-presidente do Peru deu entrevista a programa de TV reafirmando não ter recebido propina (Mariana Bazo/Reuters)

Odebrecht: ex-presidente do Peru deu entrevista a programa de TV reafirmando não ter recebido propina (Mariana Bazo/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de fevereiro de 2017 às 07h20.

Lima - O ex-presidente do Peru Alejandro Toledo reiterou neste domingo que não recebeu nenhuma propina da empresa brasileira Odebrecht e ameaçou seu ex-diretor no Peru Jorge Barata de que diga onde lhe depositou supostamente US$ 20 milhões.

Em entrevista ao programa "Quarto Poder" da América Televisão, Toledo (2001-2006) disse: "Que diga o senhor Barata quando, como, onde e em que banco me deu 20 milhões".

O ex-presidente, que se comunicou com o programa estando na França, acrescentou que nunca recebeu um milhão, meio milhão, nada de Barata, após a divulgação da declaração do ex-diretor da Odebrecht ao promotor anticorrupção Hamilton Castro.

Barata confessou ao promotor que entregou US$ 20 milhões em propinas a Toledo para que dessem a sua empresa a construção dos trechos 2 e 3 da estrada Interoceânica em 2005.

O dinheiro foi supostamente depositado em contas do empresário Josef Maiman entre 2006 e 2010, a solicitação de Toledo, de acordo com a declaração de Barata.

No entanto, Toledo afirmou que durante seu governo "não se assinaram adendos pela Interoceânica. Não houve nenhuma violação" dos contratos.

O ex-presidente e fundador do partido Peru Possível explicou que conhece Maiman há mais de 30 anos, mas que não conhece nada de suas contas.

Toledo declarou estar indignado com este linchamento político que vem dos seus inimigos tradicionais e anunciou que denunciará perante a Organização dos Estados Americanos (OEA) a revista feita em sua casa pela Promotoria. EFE

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