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Ex-presidente norte-americano defende a saída de Mubarak

Jimmy Carter, que ajudou na paz entre Egito e Israel, acredita que acontecimentos no Egito fazem "tremer a terra"

Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA: Mubarak vem ficando "cada vez mais corrupto" (foto/Getty Images)

Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA: Mubarak vem ficando "cada vez mais corrupto" (foto/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 19 de junho de 2012 às 19h56.

Brasília - O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter (1977-1981) defendeu hoje (1º) a saída do presidente do Egito, Hosni Mubarak, do poder. Carter afirmou que o egípcio “terá de sair” do governo e abandonar o poder depois de 30 anos. Em 1979, Carter liderou um acordo de paz entre Egito e Israel.

Carter definiu a sequência de manifestações no Egito contra Mubarak de um “acontecimento que faz tremer a terra”. Para hoje são organizados protestos no Cairo e em Alexandria. A oposição quer reunir mais 1 milhão de pessoas nas ruas. As manifestações se espalharam por outros locais do mundo, como Roma e Nova York

O ex-presidente norte-americano disse que os protestos no Egito são o acontecimento “de maior transcendência” que ocorre no Médio Oriente desde que saiu da Casa Branca. Nos 30 anos em que está no poder no Egito, Mubarak converteu-se num líder “cada vez mais corrupto”, politicamente falando, e “perpetuou-se no cargo”, realçou Carter.

O ex-presidente norte-americano crê que as manifestações se reduzirão esta semana, mas disse que, na sua opinião, “Mubarak deve sair”. Segundo ele, os “Estados Unidos querem que Mubarak continue no poder, mas as pessoas já decidiram [que ele deve sair]”.

“Outros presidentes norte-americanos disseram a Mubarak que tem de haver liberdades”, apontando os meios de comunicação e a liberdade de imprensa e de expressão. “Empresários de meios de comunicação que criticaram Mubarak foram eliminados ou os seus responsáveis presos”, disse Carter.

Em seguida, o ex-presidente afirmou que os protestos no Egito não são resultado de uma revolução “orquestrada por muçulmanos extremistas”.

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