Mundo

Ex-presidente egípcio Mubarak sobrevive com ajuda de aparelhos

A confusão sobre o estado de saúde de Mubarak ocorre num momento em que a Irmandade Islâmica, oposição a ele, declarou a vitória do seu candidato Mohamed Morsy

Uma fonte militar afirmou: "Ele está completamente inconsciente. Ele está usando respiração artificial"
 (Jim Watson/AFP)

Uma fonte militar afirmou: "Ele está completamente inconsciente. Ele está usando respiração artificial" (Jim Watson/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2012 às 14h02.

Cairo - Hosni Mubarak, que governou o Egito por três décadas até ser deposto por uma rebelião no ano passado, está sobrevivendo com a ajuda de aparelhos num hospital, disseram militares nesta terça-feira, negando rumores de que ele estaria clinicamente morto.

Em meio à tensão pela eleição de um novo presidente, a agência estatal de notícias Mena informou anteriormente, citando fontes médicas, que o ex-governante de 84 anos estava "clinicamente morto". Essa descrição também foi citada por uma fonte hospitalar à Reuters.

Mas três fontes militares e dos serviços de segurança, que retêm o controle depois da revolução, disseram que Mubarak está sendo mantido vivo, e que eles não usariam a expressão "clinicamente morto" para descrever o seu estado.

O general Said Abbas, membro do conselho militar que governa o Egito, disse à Reuters que Mubarak sofreu um acidente vascular cerebral (AVC), mas acrescentou: "Qualquer conversa sobre ele estar clinicamente morto é absurda".

Outra fonte militar afirmou: "Ele está completamente inconsciente. Ele está usando respiração artificial".


Uma fonte de segurança que também apresentou o mesmo relato acrescentou: "Ainda é cedo para dizer que ele está clinicamente morto".

A confusão sobre o estado de saúde de Mubarak ocorre num momento em que a Irmandade Islâmica, que passou décadas fazendo oposição a ele, declarou a vitória do seu candidato Mohamed Morsy no segundo turno da eleição presidencial, no fim de semana, contra um candidato egresso do antigo regime.

Os resultados oficiais não foram divulgados, e partidários de Ahmed Shafik, brigadeiro da reserva e último premiê da era Mubarak, disseram que foi ele quem venceu.

A agência Mena chegou a dizer, citando fontes médicas, que Mubarak havia sofrido uma parada cardíaca irreversível e estava clinicamente morto.

Mais tarde, no entanto, a agência citou fontes médicas segundo as quais a equipe que acompanha o ex-presidente ainda estava tentando tratar um coágulo cerebral e que ele não havia deixado a UTI da penitenciária Tora, onde cumpre pena de prisão perpétua imposta em 2 de junho, após sua condenação por envolvimento na morte de manifestantes em 2011.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaDitaduraEgitoHosni MubarakMortesPolíticos

Mais de Mundo

México pede que EUA reconheçam que têm 'um problema grave de consumo de drogas'

Rússia considera 'inaceitável' plano europeu para força de paz na Ucrânia

Trump publica carta endereçada a Bolsonaro e volta a criticar processo no STF

Casa Branca responde Lula e diz que Trump não quer ser o 'imperador do mundo'