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Ex-presidente do Paquistão é libertado sob fiança

O Supremo Tribunal do Paquistão (TS) concedeu liberdade sob fiança ao ex-general Pervez Mushárraf em uma das ações movidas contra ele


	O ex-presidente do Paquistão, Pervez Musharraf: decisão abriu a porta ao fim de sua prisão domiciliar
 (Aamir Qureshi/AFP)

O ex-presidente do Paquistão, Pervez Musharraf: decisão abriu a porta ao fim de sua prisão domiciliar (Aamir Qureshi/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2013 às 10h11.

Islamabad - O Supremo Tribunal do Paquistão (TS) concedeu nesta quarta-feira liberdade sob fiança ao ex-general Pervez Mushárraf em uma das ações movidas contra ele, e abriu a porta ao fim de sua prisão domiciliar faltando que se resolva um trâmite.

"Esse é o último caso pelo qual havia sido emitida uma ordem de prisão contra o general Mushárraf. Agora só falta o Supremo dar as ordens administrativas para que a detenção seja suspensa", disse à Agência Efe uma porta-voz do ex-militar golpista, Aasia Ishaque.

Segundo veículos de imprensa locais, o Supremo Tribunal tomou a decisão da liberdade sob fiança pagando uma fiança no caso sobre o assassinato em 2006 de Nawab Akbar Bugti, um líder nacionalista balúchi de destaque, após ouvir os representantes de ambas as partes.

Diante da falta de provas "substanciais" sobre a participação de Mushárraf na morte de Bugti - que morreu por uma explosão na caverna em que estava escondido - o Supremo exigiu do ex-chefe do exército uma fiança de 2 milhões de rúpias (cerca de US$ 20 mil).

O Supremo revogou uma decisão do Supremo Tribunal do Baluchistão, que decidiu previamente manter a detenção do homem que foi líder do país entre 1999 e 2008.

"A decisão de suspender a detenção devia ter sido tomada antes, em instâncias judiciais anteriores", defendeu a porta-voz Aasia, que acrescentou que o ex-militar está "contente e satisfeito" com a sentença.

Mushárraf foi acusado formalmente em agosto passado por outro tribunal paquistanês de conspiração para assassinar a ex-primeira ministra Benazir Bhutto, morta em um atentado em 2007 que nunca foi esclarecido.

O ex-general responde a um terceiro processo relativa à decisão de seu governo de impor o estado de emergência em 2007, durante o qual destituiu o presidente do TS, Iftikhar Chaudhry, e deteve cerca de 60 juízes.

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