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Ex-presidente da Interpol é condenado a 13 anos de prisão na China

Meng Hongwei faz parte de grupo de dirigentes comunistas que caíram em desgraça com campanha anticorrupção lançada de Xi Jinping

Hongwei Meng: Meng foi expulso em março de 2019 do Partido Comunista da China e destituído de todos seus cargos oficiais (Jeff Pachoud/Reuters)

Hongwei Meng: Meng foi expulso em março de 2019 do Partido Comunista da China e destituído de todos seus cargos oficiais (Jeff Pachoud/Reuters)

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AFP

Publicado em 21 de janeiro de 2020 às 07h25.

Última atualização em 21 de janeiro de 2020 às 07h36.

São Paulo — Ex-presidente da Interpol, o chinês Meng Hongwei foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão por corrupção - anunciou a Justiça chinesa nesta terça-feira (21).

Meng Hongwei, de 65, ex-vice-ministro chinês de Segurança Pública, também foi condenado a pagar dois milhões de iuanes (cerca de US$ 288 mil) de multa, afirmou o tribunal com sede em Tianjin (norte).

O tribunal informou que o ex-chefe da Interpol aceitou o veredicto e não apelará da decisão.

Meng Hongwei, que morava em Lyon, centro-leste da França, onde fica a sede da Interpol, foi detido na China em 2018.

O governo chinês anunciou sua detenção dez dias depois de a mulher de Meng denunciar que seu marido não havia retornado para Lyon na data prevista e que ela não tinha notícias dele.

Meng foi expulso em março de 2019 do Partido Comunista da China e destituído de todos seus cargos oficiais.

O tribunal publicou várias fotos do julgamento. Nelas, vê-se Meng Hongwei no banco dos réus com dois policiais ao seu lado.

Meng Hongwei faz parte da lista de dirigentes comunistas que caíram em desgraça dentro a campanha anticorrupção lançada pelo presidente Xi Jinping pouco depois de sua chegada ao poder.

Com boa aceitação pela opinião pública chinesa, essa campanha "Mãos Limpas" também serve para afastar os opositores do presidente chinês.

A mulher de Meng Hongwei, que denunciou ter sofrido uma tentativa de sequestro, e seus dois filhos conseguiram asilo político na França em maio de 2019, segundo seu advogado.

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