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Ex-presidente da Conmebol tem propriedades bloqueadas

"É uma medida de precaução para o fim de assegurar que esses não sejam repassados", diz procurador; as propriedades têm valor estimado em mais de US$ 5 milhões


	Segundo a denúncia, a Conmebol, sob o comando de Figueredo, rejeitou ofertas de empresas que pagariam mais para transmitir estes torneios de clubes
 (REUTERS/Jorge Adorno)

Segundo a denúncia, a Conmebol, sob o comando de Figueredo, rejeitou ofertas de empresas que pagariam mais para transmitir estes torneios de clubes (REUTERS/Jorge Adorno)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2015 às 16h45.

Montevidéu - As autoridades uruguaias bloquearam nove propriedades de Eugenio Figueredo, ex-vice-presidente da FIFA que se encontra preso na Suíça, como parte de uma investigação judicial sobre fraude e lavagem de dinheiro, em um caso separado das acusações de corrupção que enfrenta nos Estados Unidos e pelas quais foi preso e aguarda extradição.

O bloqueio das propriedades de Figueredo no Uruguai, que têm um valor estimado em mais de US$ 5 milhões (aproximadamente R$ 15,5 milhões), foi emitido pela juíza Adriana de los Santos, confirmou nesta quarta-feira o procurador contra o crime organizado Juan Gómez.

"É uma medida de precaução para o fim de assegurar que esses não sejam repassados, com o entendimento de que eles poderiam ser apreendidos se for comprovado o crime de lavagem de dinheiro", disse Gómez.

É o segundo revés judicial que Figueredo, preso na Suíça enquanto se avalia um pedido de extradição para os Estados Unidos, sofre no Uruguai nas últimas semanas.

Em 8 de junho, um tribunal de apelações negou um recurso apresentado pelos seus advogados em que eles defendiam que a Justiça uruguaia não tinha competência para julgar contratos de transmissão de eventos pela TV assinados no Paraguai quando ele presidiu a Conmebol.

Figueredo foi indiciado em dezembro de 2013 por oito clubes da primeira divisão e pelo sindicato dos jogadores profissionais do Uruguai por supostas irregularidades em contratos de transmissão das Copas Libertadores e Sul-Americana que assinou como presidente da Conmebol, cargo que ocupou entre 2013 e 2014.

Segundo a denúncia, a Conmebol rejeitou ofertas de empresas que pagariam mais para transmitir estes torneios de clubes. Os atuais contratos de transmissão da Conmebol são com a empresa argentina TyCSports. De acordo com a denúncia, as ofertas superiores rejeitadas foram da Global Sports, de propriedade do empresário uruguaio Francisco Casal.

Uma das empresas matrizes da TyCSports é a Torneos y Competencias, cujo ex-presidente Alejandro Burzaco foi indiciado nos Estados Unidos por ter pago milhões de dólares em subornos a dirigentes da Conmebol, incluindo Figueredo, em troca dos direitos de transmissão da Copa América. Burzaco recentemente se entregou às autoridades na Itália e aguarda a extradição para os Estados Unidos.

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