Juan Manuel Santos, ex-presidente da Colômbia e Nobel da Paz de 2016 (Carlos Julio Martinez/Reuters)
EFE
Publicado em 26 de março de 2019 às 12h33.
Madri — O ex-presidente da Colômbia Juan Manuel Santos disse nesta terça-feira, 26, que o Fórum para o Progresso da América do Sul (Prosul), o novo bloco de integração regional na América do Sul, fracassará porque "é o mesmo" que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), mas "do outro lado", ao ressaltar que um projeto deste tipo, "com ideologia política", está destinado a "desaparecer".
"Parece que o Prosul é o mesmo que a Unasul do outro lado", comentou Santos em entrevista coletiva em Madri.
"Então se um (Unasul) fracassou, o outro vai fracassar", acrescentou o ex-presidente colombiano, para quem "o importante é ter um processo de integração na América Latina que seja efetivo".
Santos insistiu que "uma integração com ideologia política está destinada a desaparecer porque a história nos ensinou que a lei do pêndulo é inexorável".
Na semana passada foi assinado em Santiago do Chile o documento de fundação do Prosul.
Os signatários foram os presidentes de Argentina, Mauricio Macri; Brasil, Jair Bolsonaro; Chile, Sebastián Piñera, Colômbia; Iván Duque; Equador, Lenín Moreno; Paraguai, Mario Abdo Benítez, e Peru, Martín Vizcarra, além do embaixador da Guiana no Chile, George Talbot.
Em menos de um ano, Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru abandonaram a Unasul, organização criada em 2008 por 12 Estados membros, dos quais agora só restam Guiana (por enquanto), Venezuela, Bolívia, Suriname e Uruguai.
Promovido por Piñera e Duque, sucessor de Santos, o Prosul nasceu com o objetivo de ser "um espaço de integração mais eficiente, pragmático e de estrutura simples", segundo seus signatários.