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Ex-premiê tailandês é indiciado por morte de manifestantes

Ex-primeiro-ministro tailandês foi indiciado pela morte de manifestantes durante a repressão dos protestos em Bangcoc em 2010

O ex-primeiro-ministro tailandês Abhisit Vejjajiva (c): repressão das manifestações deixou mais de 90 mortos e 1.900 feridos (AFP)

O ex-primeiro-ministro tailandês Abhisit Vejjajiva (c): repressão das manifestações deixou mais de 90 mortos e 1.900 feridos (AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de dezembro de 2013 às 08h06.

Bangcoc - O ex-primeiro-ministro tailandês Abhisit Vejjajiva, atualmente líder do principal partido de oposição, foi indiciado nesta quinta-feira pela morte de manifestantes durante a repressão dos protestos em Bangcoc em 2010.

O porta-voz da procuradoria, Nanthasak Poonsuk, confirmou o indiciamento pela violenta repressão das manifestações dos chamados "camisas vermelha" contra o governo de Abhisit, que deixou mais de 90 mortos e 1.900 feridos.

O anúncio da acusação formal - prevista há vários meses - foi feito no momento em que a violência política volta a sacudir a capital tailandesa, com manifestantes apoiados pelo partido de Abhisit que pedem a renúncia da primeira-ministra Yingluck Shinawatra e o fim da influência de seu irmão, o ex-premier Thaksin.

O atual líder das manifestações, Suthep Thaugsuban, também deve ser indiciado pelos incidentes, mas não compareceu nesta quinta-feira ao tribunal.

Abhisit e Suthep são acusados de terem autorizado o uso de balas reais contra os manifestantes pró-Thaksin.

Em 2010, quase 100.000 "camisas vermelhas", seguidores do ex-primeiro-ministro no exílio Thaksin Shinawatra, ocuparam durante dois meses o centro de Bangcoc para exigir a renúncia de Abhisit. O exército terminou por desalojar os manifestantes.

Esta crise foi a mais grave da Tailândia na era moderna, com mais de 90 mortos.

Nas últimas semanas, manifestantes, de uma aliança heterogênea das classes altas de Bangcoc vinculadas à oposição e de grupos ultramonárquicos, pedem nas ruas o fim do que chamam de "sistema Thaksin".

A primeira-ministra Yingluck Shinawatra se negou a ceder à pressão dos manifestantes que continuam pedindo sua renúncia, apesar do anúncio de eleições antecipadas, e defendeu o fim da "revolução popular".

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