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Ex-premiê da Tailândia fugiu para Cingapura, diz jornal local

Segundo fontes, a ex-governante se encontra na cidade-Estado com seu irmão Thaksin, que também ocupou o cargo de premiê da Tailândia

Yingluck Shinawatra chegou ao governo em 2011 após vencer as eleições com maioria absoluta (Athit Perawongmetha/Reuters)

Yingluck Shinawatra chegou ao governo em 2011 após vencer as eleições com maioria absoluta (Athit Perawongmetha/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de agosto de 2017 às 08h49.

Bangcoc - A ex-primeira-ministra da Tailândia, Yingluck Shinawatra, viajou na quinta-feira para Cingapura, segundo o jornal local "Khaosod", para evitar a sentença que a Suprema Corte do país ditaria nesta sexta-feira em um caso no qual ela é acusada de negligência.

A ex-governante se encontra na cidade-Estado com seu irmão Thaksin, que também ocupou o cargo de premiê da Tailândia e que vive em um autoexílio nos Emirados Árabes Unidos desde 2008 para evitar uma condenação a dois anos de prisão, de acordo com fontes próximas da família citadas pelo "Khaosod".

Yingluck é acusada de negligência na supervisão de um plano de subsídios aos produtores de arroz que, segundo a comissão anticorrupção, causou perdas de 600 bilhões de bahts (US$ 18,3 bilhões) e fomentou a corrupção.

A ex-governante afirma que é inocente e se diz vítima de um jogo político. A ex-premiê enfrenta uma pena de 10 anos de prisão, que pode ficar em suspensão condicional (sursis), e uma multa de 35,7 bilhões de baht (cerca de US$ 1 milhão) em conceito de indenização.

A Suprema Corte emitiu hoje uma ordem de detenção contra Yingluck depois que ela não compareceu à audiência final do processo judicial.

A defesa de Yingluck alegou que sua representada está doente, mas, devido à falta de um atestado médico, o painel de juízes decretou sua prisão devido ao risco de fuga.

Até o meio-dia de hoje (horário local), não havia um comunicado oficial que confirmasse a fuga da acusada, que também foi avaliada como uma possibilidade por parte do atual governo militar.

Yingluck foi deposta após uma polêmica sentença do Tribunal Constitucional, acusada de abuso de poder por influenciar na substituição de um funcionário do primeiro escalão, poucos dias antes de os militares tomarem o poder através de um golpe de Estado em maio de 2014.

Em 2015, a Assembleia Nacional escolhida a dedo pelos militares golpistas desabilitou Yingluck de forma retroativa para exercer qualquer atividade política durante cinco anos, pela mesma acusação de negligência no plano de subsídios.

Yingluck chegou ao governo em 2011 após vencer as eleições com maioria absoluta, à frente de um dos partidos criados por seu irmão Thaksin, que também foi deposto em um golpe, no ano de 2006.

As plataformas políticas ligadas a Thaksin ganharam todas as eleições na Tailândia desde 2001, graças ao apoio da classe rural do nordeste do país e mesmo com a oposição de grande parte da classe média e das elites ligadas à monarquia e ao exército.

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