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Ex-ministros de Chávez apoiam revogatório contra Venezuela

O general reformado Cliver Alcalá e os ministros pediram para que o governo não bloqueie a consulta popular impulsionada pela oposição


	Venezuela: o general reformado Cliver Alcalá e os ministros pediram para que o governo não bloqueie a consulta popular impulsionada pela oposição
 (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

Venezuela: o general reformado Cliver Alcalá e os ministros pediram para que o governo não bloqueie a consulta popular impulsionada pela oposição (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2016 às 16h25.

Três ex-ministros do falecido líder Hugo Chávez e um general reformado expressaram nesta segunda-feira apoio ao referendo revogatório contra o presidente Nicolás Maduro, como uma forma de evitar uma saída violenta para a crise venezuelana.

O general reformado Cliver Alcalá e os ministros pediram para que o governo não bloqueie a consulta popular impulsionada pela oposição, com a qual, no entanto, insistiram não ter "nada a ver".

"É urgente, para evitar resultados graves, que o Estado garanta" a realização o referendo, indica um comunicado entregue ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

A carta é assinada pelos ex-ministros Héctor Navarro (Educação), Gustavo Márquez (Comércio) e Ana Elisa Osorio (Meio Ambiente), bem como Alcalá, líderes da esquerda e acadêmicos críticos a Maduro.

Ao todo, uma dúzia de pessoas que compõem a recém-criada plataforma para a Defesa da Constituição.

Alcalá era muito próximo de Chávez, a quem acompanhou em sua fracassada tentativa de golpe de 1992 contra o governo de Carlos Andrés Pérez (1989-1993).

"Nós nos auto-qualificamos como defensores da Constituição", disse ele em uma coletiva de imprensa, em que acusou publicamente Maduro de ter abandonado o legado de Chávez (1999-2013).

Por sua vez, Márquez negou que os chavistas que defendem o direito do referendo sejam traidores. "Onde está a traição, do lado de quem defende a Constituição ou de quem quer violá-la?", questionou.

O CNE, que a oposição acusa de trabalhar para o governo, deve anunciar em 26 de julho se a oposição conseguiu validar as 200.000 assinaturas necessárias para ativar a consulta popular.

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