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Ex-ministro da Fazenda da Colômbia presta depoimento no caso Odebrecht

De acordo com o Departamento de Justiça dos EUA, a Odebrecht pagou US$ 11 milhões em propinas para a Colômbia entre 2009 e 2014

Ex-ministro da Fazenda da Colômbia, Mauricio Cárdenas (World Economic Forum/Wikimedia Commons)

Ex-ministro da Fazenda da Colômbia, Mauricio Cárdenas (World Economic Forum/Wikimedia Commons)

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EFE

Publicado em 11 de abril de 2019 às 16h15.

Bogotá — O ex-ministro da Fazenda da Colômbia, Mauricio Cárdenas, prestou depoimento nesta quinta-feira na Corte Suprema de Justiça no processo do escândalo de corrupção que envolve a Odebrecht, que pagou propinas milionárias para obter concessões de obras públicas no país.

Cárdenas depôs no caso em que o alvo é o ex-senador Álvaro Ashton, que nega ter participado nas manobras para conseguir o contrato de "estabilidade jurídica" para a construção da Ruta del Sol II, estrada que liga a região central com o norte da Colômbia, concedido a um consórcio liderado pela construtora brasileira.

O objetivo da investigação é descobrir se foram pagos até 4 bilhões de pesos colombianos (cerca de R$ 5 milhões) em propinas para a obtenção dessa "estabilidade jurídica" a fim de permitir ao Consórcio da Ruta del Sol a normatividade de 2012 em matéria de impostos ao patrimônio por 13 anos.

Segundo meios de comunicação locais, Cárdenas reconheceu ter se reunido em 2017 em uma ou duas oportunidades com os diretores da Odebrecht para fechar os detalhes financeiros necessários para as obras de infraestrutura no governo do então presidente Juan Manuel Santos (2010-2018).

Segundo documentos publicados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a Odebrecht pagou US$ 788 milhões em propinas em 12 países da América Latina e da África, e só na Colômbia foram US$ 11 milhões entre 2009 e 2014.

No entanto, o Ministério Público da Colômbia afirmou depois que as propinas que a construtora supostamente pagou no país foram maiores e chegaram a US$ 26,9 milhões na cotação de hoje.

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