Sydney - A ex-ministra Laila Harré foi apresentada nesta quinta-feira como líder do Partido da Internet, fundado pelo milionário Kim Dotcom, que aguarda na Nova Zelândia uma audiência de extradição aos Estados Unidos por pirataria informática e fraude.
Harré liderará as listas do partido nas eleições do próximo dia 20 de novembro, já que Dotcom, cidadão alemão nascido como Kim Schmitz, é o presidente do partido, mas não pode ser candidato por ser estrangeiro.
Na apresentação do partido em Auckland, Harré afirmou que a formação lutará pelo Estado de bem-estar, pelo direito à educação gratuita na Universidade, pela liberdade de expressão e na defesa do meio ambiente.
"A liberdade na Internet é a liberdade de expressão de nossa era", disse a ministra entre 1999-2002 de um governo de centro-esquerda e que depois trabalhou na ONU.
O programa eleitoral do Partido da Internet defende que os neozelandeses tenham mais acesso, mais rápido e barato, à web; a criação de postos de trabalho de alta tecnologia, a proteção da privacidade e a defesa da independência do país.
O hacker alemão, em liberdade condicional enquanto espera o julgamento do pedido de extradição aos EUA, expressou publicamente sua oposição ao governo neozelandês, especialmente ao ser divulgado que uma agência de inteligência o espionou ilegalmente.
Dotcom foi detido em 20 de janeiro de 2012 em sua mansão em Auckland em uma operação policial a pedido dos Estados Unidos, que o acusa de orquestrar a maior rede de pirataria informática mundial através do site criado por ele (e fechado na época), o Megaupload.
Os Estados Unidos pediram sua extradição oficialmente em março de 2012, mas os tribunais neozelandeses adiaram diversas vezes a audiência do caso, marcada por enquanto para 7 de julho.
As eleições na Nova Zelândia acontecem a cada três anos e a legislação eleitoral estabelece que o partido que obtiver 61 das 120 cadeiras do parlamento unicameral terá o direito de formar o governo e nomear o primeiro-ministro.
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1. Daqui para frente
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1/12 (SXC.Hu)
Há 25 anos, Tim Berners-Lee divulgava a proposta daquilo que daria origem à rede mundial de computadores. Em comemoração à data, o Pew Research Center (PRC) promoveu uma
pesquisa na qual mais de 2.500 especialistas indicaram
tendências que devem guiar a rede nos próximos 10 anos. As respostas mais comuns foram reunidas num
documento. A seguir, veja o que eles acreditam que deve acontecer com a
internet até 2015.
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2. A rede invisível
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2/12 (Dado Galdieri/Bloomberg)
Para os especialistas entrevistados pelo PRC, a internet vai ficar cada vez mais parecida com a eletricidade - que move o mundo hoje quase sem ser vista. "Não pensaremos em 'ficar online' ou 'olhar na internet' - apenas estaremos online", afirmou Joe Touch, diretor do Instituto de Ciência da University of Southern California.
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3. Distâncias menores
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3/12 (Getty Images)
Um dos efeitos que deve se intensificar ainda mais com a expansão da internet é a aproximação e a cooperação entre pesssoas de diversas partes do mundo. "Veremos mais amizades, romances, equipes e trabalhos em grupo globais", afirma Bryan Alexander, do Instituto Nacional para Tecnologia na Educação Liberal, dos EUA.
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4. Dados para decisão
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4/12 (Creative Commons/Flickr/Suicine)
Outra tendência que promete se desenvolver nos próximos anos é a coleta ininterrupta de dados que, analisados, podem passar a influenciar mais nas tomadas de decisão. "Nós editaremos nosso comportamento mais rapidamente e inteligentemente", afirmou na pesquisa Patrick Tucker, autor do livro Naked Future.
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5. Wearables e saúde
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5/12 (Divulgação)
Além de influenciar as decisões, a coleta constante de dados por meio de dispositivos online terá outro efeito colateral. Ela permitirá a detecção precoce da propensão a certas doeças. Nesta missão, os gadgets de computação vestível ou wearables (como o Google Glass) terão papel essencial. É esperar para ver.
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6. Mais protestos
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6/12 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
O que hoje acontece na Ucrânia e na Venezuela será cada vez mais comum. A internet será cada vez mais uma ferramenta de mobilização social. "Podemos esperar mais e mais levantes à medida que as pessoas se tornem mais informadas e aptas a comunicar seus temores", afirmou Rui Correia, diretor da ONG Netday Namibia.
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7. Nações online
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7/12 (Aotearoa / Wikimedia Commons)
Hoje, cyber-conflitos e Estado virtual parecem coisas de ficção científica. Porém, até 2025, fenômenos como esse podem virar realidade graças à internet. "O poder dos estados-nações para controlar todo homem dentro de limites geográficos pode começar a diminuir", afirmou ao PRC David Hughes, um dos pioneiros da internet.
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8. Redes menores
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8/12 (ANDRE VALENTIM)
"Vai haver várias internets", afirmou ao PRC o escritor David Brin. De acordo com ele e outros especialistas, a existência de redes complementares à internet é uma tendência. Segundo o pioneiro da internet Ian Peter, o uso de canais alternativos será necessário por questões de segurança - entre outras razões.
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9. Privacidade = luxo
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9/12 (Getty Images)
"Tudo - rigorosamente tudo - vai estar à venda online", afirmou ao PRC Llewellyn Kriel, editor da TopEditor International Media Services. A consequência disso é um mundo menos seguro, no qual preservar a própria privacidade pode se tornar difícil. Muitos especialistas acreditam que a internet deve seguir esta tendência.
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10. Ferramenta valiosa
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10/12 (Divulgação)
Com o aumento de sua importância, a tendência é que a internet se torne cada vez mais visada por governos e empresas. "Governos vão se tornar muito mais efetivos no uso da internet como instrumento de controle político e social", afirma Paul Babbitt, professor associado da Southern Arkansas University.
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11. Educação
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11/12 (Mohammed Abed/AFP)
O acesso universal ao conhecimento será o maior impacto da internet. Essa é a opinião de Hal Varian, economista que trabalha no Google. "A pessoa mais inteligente do mundo hoje pode estar atrás de um arado na Índia ou na China", afirmou ele. No futuro, esta pessoa estará conectada.
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12. Agora, veja o que acontece ainda em 2014
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12/12 (Getty Images)