Mundo

Ex-militar servio-bósnio é condenado por genocídio

Sentença diz que oficial "compartilhava a intenção" e "o objetivo criminoso" de exterminar muçulmanos durante a Guerra na Bósnia

Ratko Mladic (Peter Dejong/Pool/Reuters)

Ratko Mladic (Peter Dejong/Pool/Reuters)

E

EFE

Publicado em 22 de novembro de 2017 às 09h38.

Última atualização em 22 de novembro de 2017 às 10h20.

Haia - O Tribunal Penal Internacional para a Antiga Iugoslávia (TPII) sentenciou nesta quarta-feira o ex-militar sérvio-bósnio Ratko Mladic à prisão perpétua como "culpado" por genocídio e crimes contra a humanidade.

O ex-militar sérvio-bósnio Ratko Mladic "compartilhava a intenção" e "o objetivo criminoso" de exterminar os muçulmanos e croatas durante a Guerra da Bósnia entre 1992 e 1995, disse o presidente do Tribunal, Alphons Orie.

O juiz afirmou que Mladic era parte de "uma equipe criminosa" que buscava a extermínio "de civis" da Bósnia.

Além disso, o responsabilizou pela "ordenação" do massacre em Sarajevo, pois "propôs e ordenou" o extermínio da população muçulmana residente na cidade.

Sua intenção, acrescentou Orie, era "destruir" a cidade, impedir o acesso dos civis à água, comida e eletricidade, e que estes "vivessem em uma situação de estresse e assédio" que provocasse o terror entre a população de Sarajevo.

Mladic sofreu uma "crise de hipertensão" enquanto escutava a sentença e pediu aos gritos um adiamento da sessão, o que fez o juiz expulsá-lo da sala.

Ratko Mladic, conhecido como o "Carniceiro de Srebrenica", se declarou inocente de todas as acusações.

Acompanhe tudo sobre:BósniaJustiçaMassacresMuçulmanosPrisões

Mais de Mundo

Itamaraty confirma morte de brasileiro em atropelamento em Vancouver

Trump quer baixar imposto de renda com dinheiro do tarifaço, mas economistas alertam para riscos

Empresas de gás dizem que não podem cumprir veto de Trump a navios chineses

Índia realiza teste de mísseis em meio a crise com o Paquistão por tensões na Caxemira