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Ex-militar latino é apontado como autor de tiroteio em aeroporto

O irmão do suspeito declarou que o suposto atirador cresceu em Porto Rico, onde serviu na Guarda Nacional, depois foi destacado no Iraque

Tiroteio em aeroporto:a s autoridades policiais ainda não revelaram a identidade do suspeito (Andrew Innerarity/Reuters)

Tiroteio em aeroporto:a s autoridades policiais ainda não revelaram a identidade do suspeito (Andrew Innerarity/Reuters)

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EFE

Publicado em 6 de janeiro de 2017 às 21h47.

Miami - O ex-militar Esteban Santiago Ruiz, um jovem de 26 anos nascido em Nova Jersey, é o homem apontado pelo senador da Flórida, Bill Nelson, como o autor do ataque ocorrido nesta sexta-feira no aeroporto de Fort Lauderdale e que acabou com a morte de cinco pessoas.

Embora as autoridades policiais não tenham revelado a identidade da pessoa que, às 12h55 (horário local, 15h55 de Brasília), abriu fogo na área de retirada de bagagens do terminal 2 deste aeroporto, quando também feriu outras oito pessoas, esse é o nome com o qual trabalham todos os veículos de comunicação.

Nelson indicou que fontes oficiais lhe informaram que o latino levava uma identificação militar, embora se desconheça ainda se poderia pertencer a outra pessoa.

O irmão do suspeito, Bryan Santiago, declarou à emissora "NBC News" que o suposto atirador cresceu em Porto Rico, onde serviu na Guarda Nacional, depois foi destacado no Iraque e posteriormente se mudou para o Alasca, onde trabalhou como guarda de segurança.

"Era uma pessoa normal, espiritual, uma boa pessoa", afirmou o irmão, que revelou que Esteban Santiago sofria desordens pós-traumáticas após sua experiência no Iraque.

Já a emissora "CBS" afirmou que em 2011 e 2012 Santiago foi investigado por pornografia infantil, embora não tenha havido evidências suficientes para acusá-lo, e que em novembro de 2016 entrou em um escritório do FBI em Anchorage (Alasca) e disse que estava sendo obrigado a alistar-se nas fileiras do Estado Islâmico (EI).

Santiago teria voado hoje rumo a Fort Lauderdale, 40 quilômetros ao norte de Miami, procedente de Mineápolis.

A Air Canadá e a Delta Airlines, as duas companhias aéreas que ocupam o terminal 2 do aeroporto no qual aconteceu o tiroteio, declararam que não têm em seus registros um passageiro com o nome de Esteban Santiago Ruiz.

Testemunhas indicaram que o suspeito voou hoje ao sul da Flórida e, após recolher sua mala, foi ao banheiro, onde retirou a arma que tinha despachado, retornou à área de bagagens e começou a disparar.

Em entrevista coletiva nesta tarde, as autoridades federais e locais evitaram revelar a identidade do autor do ataque, que foi detido sem incidentes pouco depois do ataque, assim como o tipo da arma utilizada.

Scott Israel, xerife do condado de Broward, onde está localizado o aeroporto, disse hoje que é "cedo demais" para saber se o tiroteio é um ato de terrorismo e que o suspeito está sendo interrogado por agentes do FBI e do departamento de homicídios de Broward para estabelecer o "motivo".

Mark Lea, uma testemunha do fato, declarou à emissora "MSNBC" que o atirador disparou com uma pistola de 9 milímetros até que acabou sua munição.

Outra testemunha, John Schicher, disse que os disparos foram aleatórios e que as pessoas se atiraram ao chão em meio ao pânico.

Em entrevista coletiva, o governador da Flórida, Rick Scott, afirmou que entre os feridos há pessoas em estado crítico.

O aeroporto de Fort Lauderdale, que nesta época pode receber até 100.000 passageiros, permanece fechado e muitas pessoas ainda se encontram nas pistas de aterrissagem, à espera que as autoridades policiais liberem a área.

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