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Ex-magnata africano é condenado a cinco anos de prisão

Rafik Khalifa, ex-magnata argelino, foi condenado a cinco anos de prisão por ter desviado milhões de euros durante a quebra de seu grupo, em 2002


	Ex-magnata argelino Rafik Khalifa: ex-empresário foi apelidado de "Bill Gates africano"
 (Pierre Andrieu/AFP)

Ex-magnata argelino Rafik Khalifa: ex-empresário foi apelidado de "Bill Gates africano" (Pierre Andrieu/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de outubro de 2014 às 11h10.

Nanterre - Rafik Khalifa, o ex-magnata argelino detido em Argel, foi condenado nesta terça-feira por um tribunal francês a cinco anos de prisão por ter desviado milhões de euros durante a quebra de seu grupo, em 2002.

O ex-empresário apelidado de "Bill Gates africano", julgado em Nanterre (oeste de Paris) em junho, foi considerado culpado de ter organizado o saque de sua empresa pouco antes de sua liquidação, "esvaziando-a de alguns de seus ativos mais significativos".

Depois de ser detido em Londres em 2007, Rafik Khalifa, de 48 anos, foi extraditado a Argel no fim de 2013, onde havia sido condenado à revelia à prisão perpétua.

Na França, o ministério público havia pedido três anos de prisão.

Outras dez pessoas eram processadas neste complexo caso: a ex-esposa de Rafik Khalifa, um escrivão, ex-representantes da empresa na França, assim como um construtor e fornecedor de equipamentos para a indústria aeronáutica.

Três destas pessoas foram colocadas em liberdade, e as outras foram condenadas a penas que vão de seis meses de prisão em suspenso a seis meses de prisão.

"Esta sentença é uma grande decepção para todos os argelinos que foram partes civis neste caso. O tribunal considerou que sua demanda era improcedente, mas foram eles os que foram arruinados neste caso", destacou Elizabeth Maisondieu-Camus, uma advogada das partes civis.

A destruição do império Khalifa provocou um prejuízo estimado de 1,5 a 5 bilhões de dólares ao Estado argelino e aos poupadores.

O processo na França colocou em evidência o estilo de vida luxuoso de Rafik Khalifa, pago com o dinheiro das empresas de seu grupo.

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