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Ex-governador de Cusco é preso por supostos subornos da Odebrecht

Jorge Acurio é acusado de ter recebido subornos da empreiteira para outorgar a construção de uma via de Cusco no valor de US$ 90,5 milhões

Odebrecht: no Peru, a procuradoria investiga os subornos pagos pela Odebrecht no valor total de US$ 29 milhões (Nacho Doce/Reuters)

Odebrecht: no Peru, a procuradoria investiga os subornos pagos pela Odebrecht no valor total de US$ 29 milhões (Nacho Doce/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de maio de 2017 às 15h23.

Lima - O ex-governador da região peruana de Cusco, Jorge Acurio, foi detido nesta quarta-feira por supostamente ter recebido US$ 3 milhões da Odebrecht pela concessão de uma autoestrada, informaram meios de comunicação locais.

Acurio foi detido em uma operação na qual participaram policiais e procuradores e que também incluiu o cumprimento de vários mandatos de busca e apreensão em imóveis de Cusco, entre eles o da mãe do ex-governador, onde supostamente este tinha um escritório, detalhou a emissora de televisão "Canal N".

O detido é acusado pela procuradoria de ter recebido subornos da Odebrecht para outorgar à empresa brasileira a construção de uma via de Cusco no valor de US$ 90,5 milhões, mas que terminou custando mais US$ 19,2 milhões.

Acurio foi inabilitado em dezembro de 2013 como governador de Cusco pelo Juizado Nacional de Eleições (JNE), depois que um tribunal o condenou a quatro anos de prisão domiciliar pelos delitos de conluio ilegal e negociação incompatível e aproveitamento indevido do cargo em agravo da municipalidade estadual de Calca.

No Peru, a procuradoria investiga os subornos pagos pela Odebrecht no valor total de US$ 29 milhões em um período que compreende os governos de Alejandro Toledo (2001-2006), Alan García (2006-2011) e Ollanta Humala (2011-2016).

A Justiça peruana abriu um processo e expediu uma ordem de detenção contra Toledo, que vive nos Estados Unidos e é acusado de ter recebido US$ 20 milhões da Odebrecht, enquanto Humala também está sendo investigado pela procuradoria por supostamente ter recebido US$ 3 milhões da construtora brasileira para sua campanha eleitoral de 2011.

García, por sua parte, é investigado pela procuradoria, de forma preliminar, por um suposto tráfico de influências pelo suborno pago pela Odebrecht a ex-funcionários para a construção da linha 1 do metrô de Lima.

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