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Ex-diretor de jornal é condenado por extorquir Berlusconi

O ex-diretor do jornal italiano "Avanti" Valter Lavitola tentou extorquir o ex-premiê italiano em relação a suas festas particulares com mulheres jovens


	Berlusconi: o ex-diretor pediu 500 mil euros e uma renda mensal de 20 mil euros ao político
 (AFP/ John Thys)

Berlusconi: o ex-diretor pediu 500 mil euros e uma renda mensal de 20 mil euros ao político (AFP/ John Thys)

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Da Redação

Publicado em 4 de março de 2013 às 12h15.

Roma - O ex-diretor do jornal italiano "Avanti" Valter Lavitola foi condenado nesta segunda-feira por um juiz de Nápoles a 2 anos e 8 meses de prisão por tentar extorquir o ex- primeiro-ministro Silvio Berlusconi em relação a suas festas particulares com mulheres jovens.

Segundo informam os veículos de imprensa italianos, Lavitola, preso em abril em sua chegada ao aeroporto romano de Fiumicino procedente da Argentina, foi condenado pelo juiz das audiências preliminares Francesco Cananzi em julgamento pela via rápida realizado sobre esta ramificação do caso.

No entanto, o juiz, que rebaixou em sua sentença os quatro anos de prisão para Lavitola que pediam os promotores, absolveu o empresário ítalo-argentino Carmelo Pintabona, acusado de colaboração em tentativa de extorsão e para o qual a promotoria solicitava um ano de prisão.

Este julgamento, pertencente a um capítulo do caso principal, se concentrava na tentativa de extorsão a Berlusconi de Lavitola, considerado o intermediário entre o ex-primeiro-ministro e o empresário Giampaolo Tarantini, que se encarregava de conseguir as meninas para as festas de "il Cavaliere".

Segundo a promotoria que começou a investigar o caso, Lavitola havia tentado extorquir Berlusconi e induziu Tarantini a mentir aos juízes sobre as supostas festas do ex-primeiro-ministro em troca do pagamento de 500 mil euros e uma renda mensal de 20 mil euros.

Tarantini, que ao trazer à tona em 2009 o escândalo das festas de Berlusconi foi apontado como o encarregado de recrutar as jovens que frequentavam os encontros, afirmou sempre que pediu 500 mil euros a Berlusconi para iniciar um negócio, enquanto a renda mensal era para satisfazer seus "necessidades de vida".

No entanto, os promotores sustentam que o dinheiro serviu para "convencer" o empresário para que pactuasse a condenação em um caso em que foi acusado e evitar que saíssem à luz escutas telefônicas com detalhes comprometedores sobre as festas de Berlusconi em um julgamento oral.

"A decisão do juiz dá outra dimensão aos fatos, levando-os a limites muito menos alarmantes que os que tinha apontado a acusação", assegurou o advogado de Lavitola, Gaetano Balize, após saber da condenação, em declarações aos meios de imprensa italianos.

"A hipótese de crime é, em minha opinião, fantasiosa e carece de qualquer vínculo com a realidade", acrescentou o advogado. 

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