Mundo

Ex-contador de Auschwitz de 96 anos é declarado apto para prisão

Oskar Gröning foi declarado apto para cumprir a condenação de quatro anos de prisão, apesar da idade

Oskar Gröning: em 2015, Gröning foi condenado a quatro anos de prisão por "cumplicidade" no assassinato de 300.000 judeus (Tobias Schwarz/AFP)

Oskar Gröning: em 2015, Gröning foi condenado a quatro anos de prisão por "cumplicidade" no assassinato de 300.000 judeus (Tobias Schwarz/AFP)

A

AFP

Publicado em 2 de agosto de 2017 às 09h52.

Oskar Gröning, ex-contador do campo de extermínio nazista de Auschwitz de 96 anos, foi declarado apto para cumprir a condenação de quatro anos de prisão, apesar da idade, informou à AFP o Ministério Público alemão.

"A Procuradoria rejeitou um pedido da defesa para comutar a pena por uma condenação com suspensão condicional", anunciou Kathrin Söfker, porta-voz do MP de Hannover.

A decisão foi tomada depois que Gröning passou por exames médicos.

"O médico concluiu que a detenção é factível, caso sejam cumpridas determinadas condições", explicou Söfker.

O centro de detenção terá que dispor de equipamentos e tratamentos adequados para o preso.

"A execução da condenação ainda não foi determinada. A Procuradoria ainda deve pronunciar-se a respeito", disse a porta-voz.

Em 2015, Gröning foi condenado a quatro anos de prisão por "cumplicidade" no assassinato de 300.000 judeus. Durante o julgamento pediu desculpas e reconheceu uma "falha moral".

Nos últimos anos, vários ex-nazistas foram julgados por fatos similares na Alemanha, ilustrando o maior rigor da justiça alemã com os crimes, após anos de relativa indulgência.

Quase 1,1 milhão de pessoas, incluindo um milhão de judeus, morreram no campo de Auschwitz-Birkenau entre 1940 e 1945.

Acompanhe tudo sobre:AlemanhaNazismoPrisões

Mais de Mundo

1 milhão de pessoas foram deslocadas no Líbano após ataques israelenses, estima premiê

Ultranacionalistas vencem eleições na Áustria pela primeira vez, segundo projeções

Israel lança ataque em “grande escala” contra rebeldes houthis em cidade do Iêmen

Mais de 20 terroristas morreram no ataque contra líder do Hezbollah, diz Israel