Mundo

Ex-comandante militar nega envolvimento em golpe na Turquia

Öztürk, de 65 anos de idade, foi detido na mesma noite do motim em uma base militar e apareceu nas primeiras fotografias com sinais de mau-trato

Akin Öztürk: ele foi levado hoje para um tribunal de Istambul (Divulgação/Reuters)

Akin Öztürk: ele foi levado hoje para um tribunal de Istambul (Divulgação/Reuters)

E

EFE

Publicado em 22 de maio de 2017 às 16h39.

Istambul - O ex-comandante da força aérea da Turquia Akin Öztürk, que é considerado pelo governo em Ancara como o mentor do fracassado golpe de Estado de 15 de julho de 2016, negou nesta segunda-feira diante um juiz em Istambul qualquer envolvimento no caso, que condenou de forma veemente.

"Minha querida nação, os comandantes que me educaram e os meus companheiros de armas devem saber bem que eu não tenho nenhum envolvimento neste golpe traidor, sequer tinha notícia sobre o mesmo" disse Öztürk em seu primeiro comparecimento perante o juiz.

Öztürk, de 65 anos de idade, foi detido na mesma noite do motim em uma base militar e apareceu nas primeiras fotografias com sinais de mau-trato.

Encarcerado de forma preventiva desde então, Öztürk foi levado hoje para um tribunal de Istambul, entre enormes medidas de segurança, junto com 221 pessoas também acusadas de integrarem a cúpula da organização golpista.

O ex-comandante relatou os detalhes da noite de 15 de julho de 2016, na qual assegurou ter sido alertado por telefone sobre a formação de uma Junta militar, e por isso se deslocou aos principais quartéis centrais.

O general é acusado de fazer parte da Junta golpista, que se autointitulou de "Conselho pela Paz no País ", supostamente composta por 38 pessoas, e a Procuradoria pede centenas de prisões perpétuas para ele e outros 44 envolvidos.

Os procuradores turcos consideram que os chefes militares seguiam instruções de dois civis, um teólogo e um empresário, supostamente delegados do clérigo islamita Fethullah Gülen, que vive exilado nos Estados Unidos e é acusado de ser o cérebro por trás do golpe.

Gülen, cujos simpatizantes eram até 2013 aliados do governo islamita turco e ocupavam altos cargos no Executivo e no Judiciário, negou qualquer envolvimento na tentativa de golpe.

Acompanhe tudo sobre:JustiçaTayyip ErdoganTurquia

Mais de Mundo

Egito confirma que reabriu passagem de Rafah para transferir feridos de Gaza

Kremlin nega planos do Brics de criar alternativa ao dólar após declarações de Trump

PCE: índice de inflação nos EUA acelera e atinge 2,6% em dezembro