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Ex-chefe de inteligência de Ruanda é encontrado morto

Ex-chefe do serviço de inteligência externa de Ruanda, opositor do presidente ruandês, foi encontrado morto em um hotel


	Kigali, Ruanda: ex-chefe do serviço de inteligência externa de Ruanda estava exilado na África do Sul 
 (Wikimedia Commons)

Kigali, Ruanda: ex-chefe do serviço de inteligência externa de Ruanda estava exilado na África do Sul  (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2014 às 08h28.

O ex-chefe do serviço de inteligência externa de Ruanda Patrick Karegeya, opositor do presidente ruandês Paul Kagame, foi encontrado morto em um hotel de Johannesburgo e a polícia sul-africana abriu uma investigação por assassinato.

O corpo de Patrick Karegeya, de 53 anos, que estava exilado na África do Sul há vários anos, foi encontrado no fim da tarde de quarta-feira.

"Foi encontrado em seu quarto de hotel, morto na cama. Os primeiros elementos da investigação mostraram que o pescoço estava inchado. No cofre do quarto foram encontradas uma toalha manchada de sangue e uma corda. É possível que tenha sido estrangulado", afirma um comunicado da polícia sul-africana.

"Iniciamos uma investigação por assassinato", completa a nota.

O governo sul-africano se recusou a fazer comentários.

"Foi estrangulado por agentes de Kagame", disse à AFP Frank Ntwali, dirigente do partido Congresso Nacional de Ruanda.

De acordo com Ntwali, Karegeya compareceria a uma reunião do partido no hotel, Michelangelo Towers de Sandton, um bairro de negócios de Johannesburgo, onde foi encontrado morto.

Karegeya foi durante muito tempo um colaborador próximo de Kagame, presidente de Ruanda desde 2000. Durante muitos anos foi diretor do serviço secreto externo, até que foi rebaixado a porta-voz do exército e mais tarde detido.

Em 2006 perdeu a patente de coronel e no ano seguinte partiu para o exílio na África do Sul.

Outro dissidente ruandês exilado na África do Sul, Faustin Kayumba Nyamwasa, sobreviveu a duas tentativas de assassinato em junho de 2010.

O governo de Ruanda negou qualquer envolvimento nos ataques.

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