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Ex-candidato argentino se nega a depor sobre abuso de menores

Para uma das supostas vítimas do ex-candidato, a estratégia de Rivas é dizer que as acusações são falsas e que os crimes prescreveram

Justiça: uma vítima indicou que poucas pessoas prestaram acusações, mas que o ex-candidato teria praticado "milhares de violações" (seb_ra/Thinkstock)

Justiça: uma vítima indicou que poucas pessoas prestaram acusações, mas que o ex-candidato teria praticado "milhares de violações" (seb_ra/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2017 às 21h11.

Buenos Aires - O ex-candidato a governador da província de Entre Ríos, no leste da Argentina, Gustavo Rivas, se negou a depor em um caso no qual é investigado por ter abusado sexualmente de 2 mil menores de idade entre 1970 e 2010.

Acompanhado de seu advogado, Gustavo Jurado, Rivas foi ao Tribunal de Família e Crime contra Crianças e Adolescentes da província que tentou governar após ter sido convocado a depor pela juíza do caso, Martina Cedrés, mas se negou a falar.

Para uma das supostas vítimas do ex-candidato, Martín Daneri, a estratégia de Rivas é dizer que as acusações são falsas e que os crimes prescreveram, já que há abusos que teriam sido cometidos há mais de 40 anos.

"Ele nos levava a uma casa dele, colocava filmes pornográficos para depois medir nossas partes íntimas e nos gravar de corpo completo. Depois, escolhia seu favorito para concretizar o ato", afirmou Daneri em entrevista à emissora "Todo Notícias".

Além disso, Daneri afirmou que Rivas pagava "viagens de prazer" aos menores, levando-os a um prostíbulo onde os "iniciava sexualmente" com garotas de programas.

Sobre o elevado número de crianças que teriam sido abusadas, Daneri indicou que poucas pessoas prestaram acusações, mas que o ex-candidato teria praticado "milhares de violações".

Daneri denunciou que Rivas, cidadão honorário da cidade de Gualeguaychu, construiu sua imagem de "figura ilustre" no município a partir de sua atuação nos âmbitos esportivo e cultural, formando laços que geraram uma "cumplicidade geral".

A investigação judicial começou há duas semanas, sob responsabilidade do promotor Lisandro Beherán, que abriu o caso após uma matéria publicada em uma revista local.

A reportagem afirma que Rivas teria abusado e corrompido 2 mil menores de idade entre 1970 e 2010.

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