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Ex-assessor de Trump, Bannon queria infiltrar pessoas no Facebook

A medida foi avaliada por Bannon pouco antes de ele ser nomeado chefe da campanha, quando ainda era o responsável por um polêmico site de ultradireita

Steve Bannon: a ação teria como objetivo espionar os processos de contratação do Facebook (Aaron P. Bernstein/File Photo/Reuters)

Steve Bannon: a ação teria como objetivo espionar os processos de contratação do Facebook (Aaron P. Bernstein/File Photo/Reuters)

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EFE

Publicado em 25 de setembro de 2017 às 14h46.

Washington - O ex-estrategista-chefe da Casa Branca e diretor do site de ultradireita "Breitbart News", Steve Bannon, planejou em meados de 2016 infiltrar pessoas de confiança no Facebook, informou nesta segunda-feira a imprensa americana.

A medida foi avaliada por Bannon pouco antes de ele ser nomeado chefe da campanha do atual presidente dos EUA, Donald Trump, quando ele ainda era o responsável pelo polêmico site.

A ação, que teria como objetivo espionar os processos de contratação do Facebook, foi avaliada por Bannon em uma série de e-mails com funcionários de sua confiança.

As mensagens foram obtidas e divulgadas pelo "BuzzFeed".

"Há uma (vaga) para encarregado de políticas públicas em Washington na divisão de WhatsApp do Facebook", informou a Bannon o chefe de Questões Reguladoras do "Breitbart News", Chris Gacek, em um e-mail enviado ao chefe no dia 1º de agosto de 2016.

Na mensagem, Gacek considerava que a vaga era uma "oportunidade perfeita" para apresentar candidatos que pudessem manter Bannon informado.

A reação do ex-assessor de Trump foi encaminhar o e-mail ao diretor de tecnologia do "Breitbart News", Milo Yiannopoulos, a quem perguntou: "Pode nos colocar nisso?"

Antes, inclusive, de se unir à equipe de Trump, Bannon teve um papel fundamental durante a campanha que levou o multimilionário à Casa Branca graças à publicação de muitas notícias que promoviam ideias das bases mais conservadoras dos EUA, cujo apoio ao republicano seria determinante para o resultado das eleições.

Essa campanha foi considerada por muitos veículos americanos como uma medida de desinformação. Vários jornais classificaram as matérias do "BreitBart News" como notícias falsas, termo usado por Trump para classificar informações contrárias a ele na imprensa tradicional.

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