Cohen também é investigado por fazer acordos com mulheres que afirmavam ter mantido relações com Trump (Lucas Jackson/Leah Millis/Reuters)
AFP
Publicado em 20 de agosto de 2018 às 11h57.
Última atualização em 20 de agosto de 2018 às 11h58.
A justiça dos Estados Unidos investiga se o ex-advogado particular do presidente Donald Trump, Michael Cohen, cometeu fraude fiscal e bancária de mais de 20 milhões de dólares por meio de empréstimos obtidos por um negócio de família, informa o jornal New York Times.
Os investigadores também estão tentando determinar se Cohen violou normas vinculadas às finanças da campanha ou outra lei quando estabeleceu acordos para silenciar mulheres que afirmavam ter mantido relações com Trump, segundo o NYT.
Os promotores podem apresentar acusações nos próximos dias, afirma o jornal, que cita duas fontes próximas ao caso.
As condenações por fraude fiscal e bancária implicam penas de prisão potencialmente elevadas, o que poderia forçar Cohen a cooperar com a Promotoria em uma eventual acusação.
A imprensa americana especula cada vez mais que Cohen estaria pronto para colaborar com o MP.
A investigação federal sobre Cohen é concentrada em seus negócios e se os pagamentos feitos por ele violaram as leis de financiamento eleitoral, segundo a imprensa.
Cohen admitiu que pagou 130.000 dólares à atriz pornô Stormy Daniels para que não falasse sobre uma relação sexual que ela afirma ter mantido com Trump em 2006. Também é vinculado ao silenciamento de uma ex-modelo da Playboy que disse ter mantido um romance com o atual presidente.