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Ex-advogado de Trump admite ter mentido ao Congresso sobre caso russo

Cohen informou que mentiu ao Congresso durante a investigação sobre os seus contatos com russos

O presidente dos EUA, Donald Trump, e seu ex-advogado, Michael Cohen (Jonathan Ernst/Reuters)

O presidente dos EUA, Donald Trump, e seu ex-advogado, Michael Cohen (Jonathan Ernst/Reuters)

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Reuters

Publicado em 29 de novembro de 2018 às 13h51.

Última atualização em 29 de novembro de 2018 às 15h32.

Nova York - Michael Cohen, advogado pessoal de longa data do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se declarou culpado nesta quinta-feira por ter feito declarações falsas ao Congresso com relação a um empreendimento imobiliário da Organização Trump em Moscou, o que levou Trump a chamá-lo de mentiroso e de "pessoa fraca".

Cohen apresentou a um tribunal federal de Manhattan sua admissão de culpa, relativa a uma acusação de que fez declarações falsas ao Congresso em uma investigação parlamentar que analisa se a campanha de Trump trabalhou com a Rússia para influenciar a eleição de 2016 a seu favor. A confissão aumentou a pressão sobre Trump em meio a um inquérito em andamento de um procurador especial a respeito do papel russo na eleição.

O projeto em questão era a construção de um arranha-céu da marca Trump na capital russa que acabou não se materializando. Cohen deu declarações falsas a comitês de Inteligência do Senado e da Câmara dos Deputados para criar a impressão falsa de que o projeto de empreendimento imobiliário moscovita havia terminado quando a temporada de primárias partidárias começou nos EUA, diz o documento de acusação.

Em 2017 Cohen disse a uma corte que submeteu um comunicado por escrito ao Congresso dizendo que todos os esforços ligados ao projeto em Moscou haviam cessado em janeiro de 2016. Ele disse que na verdade estes esforços continuaram até junho de 2016.

O advogado ainda afirmou que no comunicado ao Congresso alegou ter tido contato limitado com Trump no que diz respeito ao projeto, quando de fato este foi "mais prolongado". Cohen também admitiu que mentiu ao dizer ao Congresso que nunca fez preparativos para viajar à Rússia, já que de fato debateu a viagem, embora nunca a tenha feito.

"Ele é uma pessoa fraca, e uma pessoa não muito esperta", disse Trump aos repórteres sobre Cohen. "Ele arrumou para si uma grande pena de prisão. E ele está tentando conseguir uma pena de prisão muito menor inventando esta história".

"Este foi um acordo que não aconteceu", disse ele sobre o projeto imobiliário. "Não houve acordo... na minha maneira de pensar, foi uma opção que decidi não fazer".

Em agosto Cohen admitiu violações de finanças de campanha, sonegação fiscal e fraude bancária em um caso apresentado por procuradores federais em Nova York.

A admissão de culpa desta quinta-feira pode significar que ele espera uma sentença mais branda nas acusações, e em troca continuará a cooperar com a investigação russa do procurador especial Robert Mueller.

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