Agência de Notícias
Publicado em 17 de julho de 2024 às 07h05.
Última atualização em 17 de julho de 2024 às 07h08.
Ex-adversária de Donald Trump nas primárias que o definiram como candidato do Partido Republicano à presidência dos Estados Unidos, Nikki Haley participou nesta terça-feira da convenção nacional da legenda, para a qual foi convidada de última hora como oradora, e, a pedido dele, levou "uma mensagem de união”.
“O presidente Trump me pediu para falar nesta convenção em nome da união. Foi um convite amável, e eu aceitei com prazer e vou começar deixando uma coisa perfeitamente clara: Donald Trump tem meu forte apoio”, declarou Haley, ex-embaixadora dos EUA na ONU e ex-governadora da Carolina do Sul, no evento realizado em Milwaukee, no estado de Wisconsin.
Ela fez seu discurso na frente de Trump, que apareceu na arena Fiserv Forum alguns minutos antes e foi aplaudido de pé pelos presentes, assim como na segunda-feira, quando ele fez sua primeira aparição pública após a tentativa de assassinato que sofreu no sábado durante um comício em Butler, no estado da Pensilvânia.
“Agora, meus colegas republicanos, não devemos apenas ser um partido unificado, mas também devemos expandir nosso partido”, disse Haley, além de ressaltar que é hora de "deixar de lado as diferenças".
Haley afirmou estar ciente de que há muitas pessoas que não concordam com Trump e que ela mesma não concordou com ele em algumas ocasiões, mas que “não é necessário concordar com Trump 100% do tempo para votar nele”.
“Concordamos com a verdade sobre as necessidades dos Estados Unidos, sobre como manter os Estados Unidos seguros e que os democratas se afastaram tanto para a esquerda que estão colocando em risco nossas liberdades”, frisou.
Haley foi a última pré-candidata do Partido Republicano a desistir da disputa das primárias após sofrer duras derrotas, incluindo na Carolina do Sul.
O relacionamento entre Haley e Trump é marcado por desavenças. Durante a campanha pré-eleitoral de 2016, para a candidatura presidencial pelo Partido Republicano, ela foi uma das pessoas que mais abertamente rejeitou e criticou declarações do magnata nova-iorquino.
Mesmo assim, após ser eleito presidente, Trump a nomeou embaixadora dos EUA na ONU, cargo que ocupou por dois anos e deixou em 2018, uma medida que analistas políticos interpretaram como uma tática para se distanciar dele com vistas a uma futura candidatura.