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Evo Morales pede aos EUA fim de bloqueio a Cuba

O presidente boliviano também pediu aos Estados Unidos que devolvam Guantánamo


	Evo Morales: "Esta visita só será frutífera e efetiva quando os Estados Unidos devolverem Guantánamo ao povo cubano", disse o boliviano
 (Juan Carlos Ulate/Reuters)

Evo Morales: "Esta visita só será frutífera e efetiva quando os Estados Unidos devolverem Guantánamo ao povo cubano", disse o boliviano (Juan Carlos Ulate/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 21 de março de 2016 às 16h01.

La Paz - O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu nesta segunda-feira aos Estados Unidos que acabem com o bloqueio econômico à Cuba e devolvam Guantánamo, para que a visita do presidente Barack Obama à ilha seja realmente frutífera.

"Esta visita só será frutífera e efetiva quando os Estados Unidos devolverem Guantánamo ao povo cubano e quando acabarem com o bloqueio econômico contra o povo cubano", sustentou o presidente boliviano durante uma entrevista coletiva em La Paz.

Morales, aliado dos líderes cubanos Raúl e Fidel Castro, disse que acabar com o bloqueio econômico significará terminar com o "último resíduo da 'Guerra Fria' e devolver Guantánamo será acabar com o colonialismo na América Latina e no Caribe".

"Esperamos que esta visita do presidente dos Estados Unidos (à Havana) não seja parte de um show político para alguns interesses de hegemonia na América Latina", acrescentou.

O presidente boliviano afirmou que a visita de Obama não deveria ser só à Cuba, mas também à Venezuela.

Ele reiterou seu pedido para que a União de Nações Sul-Americanas (Unasul) convoque uma reunião para analisar de "emergência" a situação política do Brasil, mas também a da Venezuela, porque o organismo tem "a obrigação de defender a democracia" e cobrar respeito às autoridades escolhidas nas urnas.

Nesta visita, Obama e o presidente cubano, Raúl Castro, se reúnem pela primeira vez em Havana e pela terceira vez desde o anúncio do degelo entre os dois países, após se encontrarem na Cúpula das Américas do Panamá, em abril de 2015, e na Assembleia Geral da ONU em Nova York, em setembro. 

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