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Evo Morales: ajuda humanitária é "cavalo de Troia" para invadir Venezuela

"Os irmãos latino-americanos não podem ser cúmplices de uma intervenção militar", advertiu o presidente da Bolívia

O presidente da Bolívia, Evo Morales (Gonzalo Jallasi/AFP)

O presidente da Bolívia, Evo Morales (Gonzalo Jallasi/AFP)

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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 12h18.

La Paz- O presidente da Bolívia, Evo Morales, advertiu nesta sexta-feira que a ajuda humanitária à Venezuela pode ser utilizada para invadir o país e provocar um conflito bélico, por isso que pediu para se defender esse país.

"Lamentamos que a Ajuda Humanitária queira ser utilizada como 'cavalo de Troia' na Venezuela, para invadir e provocar uma guerra", escreveu o presidente boliviano na sua conta no Twitter.

Morales afirmou na sua mensagem na rede social que "os irmãos latino-americanos não podem ser cúmplices de uma intervenção militar".

"Defender a Venezuela é defender a soberania da América Latina", sentenciou Morales.

Posteriormente, em discurso na cidade de Caiza, na região sudoeste de Potosí, o presidente se perguntou "que ajuda humanitária" se envia à Venezuela, já que segundo sua opinião "no fundo é o petróleo" o que interessa deste país.

A respeito, Morales argumentou que os Estados Unidos "não têm reservas de petróleo para muitos anos", enquanto a Venezuela é um dos países com mais reservas no mundo todo.

Morales acrescentou que o objetivo real é "apossar-se do petróleo venezuelano, e com isso enfrentar outros continentes".

"Se há um problema econômico na Venezuela, é produto do bloqueio econômico promovido pelos Estados Unidos", avaliou Morales.

"Não vai haver paz se não se respeitar a soberania de um Estado, a sua soberania política e fundamentalmente a sua soberania econômica", disse o presidente boliviano.

"Qualquer intervenção só vai trazer uma guerra, confronto, e todos têm direitos de se defender contra as agressões, econômica, política, fundamentalmente de caráter militarista", concluiu Morales. EFE

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