O presidente Lula e Evo Morales. (Wilson Dias/ABr)
Da Redação
Publicado em 10 de agosto de 2011 às 14h16.
Brasília - O presidente da Bolívia, Evo Morales, aproveitou uma cerimônia pública na cidade de Cochabamba, uma das mais importantes do país, para agradecer ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva o apoio que deu ao país vizinho durante os oito anos de seu governo.
No ato público, Morales assegurou que as sugestões de Lula “sempre foram importantes para a Bolívia”, segundo informou a Agência Boliviana de Informação (ABI).
Na cerimônia de entrega de recursos para o desenvolvimento de projetos em comunidades rurais, Morales pediu aos presentes “um forte aplauso a este companheiro operário que já na próxima semana não será presidente”. Evo Morales confirmou sua presença em Brasília, no dia primeiro de janeiro, quando Lula passará a faixa presidencial a sua ex-ministra de Minas e Energia e, também, da Casa Civil, Dilma Rousseff.
Na reportagem, a ABI destaca que nos oito anos de mandato, Lula visitou várias vezes a Bolívia e desenvolveu projetos conjuntos para o desenvolvimento da Bolívia. A agência citou especificamente a construção do corredor interoceânico que permitirá o acesso rodoviário entre portos do Atlântico e do Pacífico, projeto do qual o governo chileno também participa.
Essa rodovia atravessará as regiões bolivianas de Santa Cruz, Cochabamba e Oruro. O objetivo é criar um acesso entre o porto de Santos com as regiões de Arica e Iquique, no Chile.
Segundo a agência, em agosto de 2009, Lula e Morales assinaram um convênio pelo qual o Brasil concederá um crédito de US$ 332 milhões para a construção de uma rodovia de 306 quilômetros que ligará Villha Tunarí, em Cochabamba, com San Ignacio de Moxox, na Amazônia. De acordo com a ABI, essa obra era “um sonho [do povo bolivivano] de mais de 150 anos”.
A sucessão presidencial brasileira também foi tema de reportagem publicada pela Telam, a agência oficial de notícias da Argentina, cujo foco foi a continuidade do governo Lula na gestão de Dilma Rousseff nos próximos quatro anos. De acordo com a matéria, a permanência de mais de um terço dos funcionários do governo Lula pela presidenta eleita Dilma Rousseff, é uma demonstração que a continuidade não foi só uma propaganda de campanha.
Na matéria, a Telam trata Lula como “o mandatário mais popular da história do Brasil”. Segundo a agência argentina, a política de continuidade utilizada em sua campanha eleitoral demonstra que Dilma Rousseff pretendeu, desde o início, aproveitar o alto índice de popularidade de Lula, “seu mentor político, para sucedê-lo na Presidência”.
A reportagem também cita alguns dos legados herdados pela presidenta Dilma Rousseff, em sua campanha, como a luta contra a pobreza; a redistribuição de renda; a ampliação de programas sociais; o fortalecimento do mercado interno; o fortalecimento da economia; a estratégia de política externa; os investimentos em saúde e educação; e o desenvolvimento de regiões historicamente relegadas.