Segundo a ministra de Agricultura do país, a Bélgica não importa pepinos desde dezembro, pois produzem o suficiente para atender a demanda innerna (Joern Pollex/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 2 de junho de 2011 às 11h16.
Bruxelas - Governos europeus trocaram acusações na terça-feira enquanto lutam para encontrar a fonte do surto de E. coli que já matou 16 pessoas e deixou mais de mil doentes na Alemanha, Suécia e outros países.
A bactéria mortal foi ligada a princípio a pepinos contaminados da Espanha que foram importados pela Alemanha, mas as autoridades alemãs admitiram nesta terça-feira que os testes mais recentes mostraram que os pepinos não carregavam a cepa da bactéria mortífera ligada ao surto.
"A Alemanha reconhece que os pepinos espanhóis não são a causa", disse o secretário alemão da Agricultura, Robert Kloos, nos bastidores de uma reunião de ministros da Agricultura da União Europeia na Hungria.
Mas a norte-americana Administração de Alimentos e Fármacos (FDA, na sigla em inglês) declarou que os carregamentos de pepinos e outros alimentos cultivados na Espanha estão sendo investigados por autoridades de saúde dos EUA mesmo assim.
"Por conta da informação recebida sobre o surto na Alemanha, a FDA está inspecionando os carregamentos de pepinos, tomates e alfaces da Espanha", disse Doug Karas, porta-voz da FDA.
O surto, um dos mais abrangentes do tipo, já causou tensão diplomática entre a Alemanha, Espanha, França e Rússia. Moscou proibiu a importação de alguns vegetais e ameaça estender a proibição a toda União Europeia.
A ministra espanhola da Agricultura, Rosa Aguilar, criticou a reação inicial da Alemanha.
"A Alemanha acusou a Espanha de ser responsável pela contaminação de E.coli em seu território, e o fez sem provas, causando dano irreparável ao setor produtor em nosso país", afirmou ela.