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Europa pede reforma da OMS e novas abordagens para pandemias

UE e seus estados-membros são alguns dos maiores doadores da OMS, e se tornariam de longe os maiores contribuintes se os EUA deixarem a agência

OMS: Estados Unidos acusaram a OMS de ser próxima demais da China na primeira fase da pandemia (Denis Balibouse/Reuters)

OMS: Estados Unidos acusaram a OMS de ser próxima demais da China na primeira fase da pandemia (Denis Balibouse/Reuters)

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Reuters

Publicado em 22 de outubro de 2020 às 09h30.

A União Europeia quer que a Organização Mundial da Saúde (OMS) seja mais transparente a respeito da maneira como os países relatam crises de saúde emergentes, diz o esboço de uma proposta de reforma da agência das Nações Unidas, na esteira das críticas à reação inicial da China à pandemia de Covid-19.

O esboço, elaborado pelo governo alemão depois de conversas com outros países-membros, é o mais recente a delinear os planos de meses da UE para tratar das deficiências da OMS no tocante a financiamento, governança e poderes legais.

O documento de 19 de outubro, visto pela Reuters, exorta a OMS a adotar medidas que aumentariam a "transparência sobre o cumprimento nacional" das Regulações Internacionais de Saúde, que exigem que os países-membros compartilhem informações sobre emergências de saúde rapidamente.

Os Estados Unidos acusaram a OMS de ser próxima demais da China na primeira fase da pandemia, quando Pequim teria demorado para compartilhar informações cruciais sobre o novo coronavírus, surgido na cidade de Wuhan.

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse que seu país se desfiliará da agência e, em resultado, deixará de financiá-la.

A OMS refutou as alegações diversas vezes, mas não respondeu a pedidos de comentário sobre a proposta da UE.

Indagado sobre o documento nesta quinta-feira, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, disse que seu país quer "participar ativamente" da reforma da OMS, que ele disse que não deveria atender os interesses de nenhum país em particular.

As reformas deveriam "remover melhor a interferência política" dentro da OMS, aumentar seus recursos e sua capacidade de lidar com crises de saúde pública globais e fortalecer o apoio a países em desenvolvimento, disse ele em Pequim.

O governo alemão não quis comentar o conteúdo do documento, já que ainda se trata de um esboço.

A UE e seus Estados-membros são alguns dos maiores doadores da OMS, e se tornariam de longe os maiores contribuintes públicos se os EUA deixarem a agência.

Os preparativos para uma revisão da abordagem da pandemia de Covid-19 por parte da OMS e de governos estão em andamento há meses, e a Alemanha vem exortando insistentemente os países-membros a acelerarem este processo para que uma reforma da entidade possa ser debatida seriamente

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