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Europa não pode esperar que EUA lhe proteja dos conflitos, diz Merkel

A chanceler alemã afirmou que a situação no Oriente Médio é extremamente complicada após a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear do Irã

Merkel: a chanceler alemã afirmou que a Europa deve decidir seu destino com as próprias mãos (Wolfgang Rattay/Reuters)

Merkel: a chanceler alemã afirmou que a Europa deve decidir seu destino com as próprias mãos (Wolfgang Rattay/Reuters)

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EFE

Publicado em 10 de maio de 2018 às 10h34.

Aachen - A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou nesta quinta-feira que a Europa já não pode esperar que os Estados Unidos lhe "proteja" dos conflitos no mundo, durante um discurso na cerimônia de entrega do Prêmio Carlos Magno ao presidente francês, Emmanuel Macron, na Sala da Coroação da Câmara Municipal de Aachen.

A chanceler qualificou de "extremamente complicada" a situação no Oriente Médio após o abandono do acordo nuclear com o Irã por parte dos EUA e pediu a todas as partes "moderação".

Merkel lembrou que a Síria, por exemplo, tem fronteira praticamente com a União Europeia (UE) ao estar geograficamente perto do Chipre e ressaltou a necessidade de encontrar uma solução tanto ao conflito sírio como à situação criada após a saída dos EUA do pacto nuclear com o Irã.

"A tarefa da Europa é tomar seu destino nas próprias mãos", afirmou, ao destacar o valor da unidade europeia nas últimas décadas com "paz, liberdade e democracia" que são a "garantia" para o futuro.

Merkel ressaltou que os europeus "só podem enfrentar juntos os grandes desafios globais" do mundo atual.

"Devemos encontrar juntos respostas muito concretas" aos problemas, disse Merkel, mas para isso é necessário "um novo ponto de partida para a Europa".

A chanceler afirmou que a Europa necessita da "paixão" que Macron trouxe consigo.

"Chegou ao palco um jovem europeu para o qual a integração é uma evidência", afirmou.

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