Agência de Notícias
Publicado em 15 de agosto de 2025 às 15h47.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira que os líderes europeus não lhe dizem o que fazer, mas garantiu que estarão envolvidos nas negociações sobre uma trégua na Ucrânia com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que serão realizadas no Alasca.
"A Europa não me diz o que fazer, mas obviamente eles estarão envolvidos no processo, assim como (o presidente da Ucrânia, Volodymyr) Zelensky", disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One, a caminho da Base Aérea Elmendorf-Richardson em Anchorage, capital do Alasca, onde se reunirá com Putin.
O líder republicano explicou que seu principal objetivo é que Kiev e Moscou cheguem a um armistício que permita o progresso em direção a um fim definitivo do conflito.
"Quero ver um cessar-fogo rapidamente. Não sei se será hoje, mas gostaria que fosse hoje. Todos dizem que não pode ser hoje, mas estou apenas dizendo que quero que a matança pare. Estou nessa para acabar com a matança", enfatizou.
Trump insistiu em várias ocasiões que não vai negociar em nome da Ucrânia: "Estou aqui para fazê-los sentar à mesa", disse.
O mandatário americano se reuniu na última quarta-feira com líderes europeus, que transmitiram a ele sua posição comum contra Putin. Também participaram do diálogo líderes como o chanceler alemão Friedrich Merz; a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen; o presidente do Conselho Europeu, António Costa; e o secretário-geral da Otan, Mark Rutte.
De acordo com o presidente da França, Emmanuel Macron, Trump assegurou que apenas Zelensky estaria encarregado de negociar as possíveis cessões territoriais de seu país à Rússia para alcançar a paz, um caminho ao qual Kiev se opôs desde o início.
O americano deixou a porta aberta para a realização de uma segunda cúpula, da qual o presidente ucraniano também participaria, e disse que informará seus aliados na Europa sobre o diálogo com Putin nesta sexta-feira.