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Europa dá alerta de segunda onda de coronavírus -- semana será decisiva

Milhões de europeus viajam nessas férias de verão, lotando praias, bares e restaurantes; Bélgica e Espanha já se preparam para novo surto da covid-19

Barcelona: Espanha anunciou um novo pico do coronavírus na região, com mais de 90.000 infectados (Nacho Doce/Reuters)

Barcelona: Espanha anunciou um novo pico do coronavírus na região, com mais de 90.000 infectados (Nacho Doce/Reuters)

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Carla Aranha

Publicado em 27 de julho de 2020 às 17h59.

Última atualização em 27 de julho de 2020 às 18h20.

As férias de verão no hemisfério Norte chegaram com uma má notícia para a Europa. Com milhões de pessoas nas praias, bares e restaurantes, uma segunda onda do coronavírus ameaça atingir a região.

O primeiro país a dar o alerta foi a Bélgica. Nesta segunda-feira, 27, a primeira-ministra Sophie Wilmès disse que provavelmente um novo lockdown será inevitável.

Apenas em uma semana, entre os dias 17 e 23 deste mês, o número de novos casos diários passou de 163 para 279, em um aumento de 77%. Hoje, a Bélgica tem mais de 66.000 pessoas infectadas, ante 58.000 em 31 de maio.

Na Espanha, França e Alemanha, a luz amarela também já começou a acender. A maior preocupação das autoridades espanholas é em relação a Barcelona. Nesta segunda-feira, a Espanha anunciou um novo pico do coronavírus na região, com mais de 90.000 infectados. Nos próximos dez dias, o governo vai decidir se decreta um novo lockdown na cidade.

A França já pediu para seus cidadãos não viajarem para a Espanha, um dos destinos preferidos dos europeus nas férias.

Na França, a situação também não é muito boa. Nos últimos dias, o número de novos casos diários da covid-19 subiu para 1.000, o mesmo nivel da segunda quinzena de maio, antes do relaxamento das regras da quarentena. Segundo o ministério da saúde francês, caso a curva de novas infecções não volte a cair, novas medidas de restrição precisarão ser adotadas.

Essa semana deverá ser decisiva para boa parte da Europa. Algumas medidas relativas à reabertura da economia, como funcionamento do comércio e restaurantes, correm o risco de ser revogadas se o ritmo de propagação do coronavírus continuar a crescer.

A Ásia já enfrenta uma segunda onda da doença. Neste domingo, 26, a China confirmou o registro de 57 novos casos, o maior desde 6 de março, quando houve 75 novas infecções. Hong Kong já anunciou medidas mais restritivas nesta segunda e o Vietnã decidiu isolar a cidade de Danang por causa de um novo surto da doença.

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