Mundo

Europa corre risco de recessão, alerta FMI

Relatório de Perspectivas Econômicas Regionais do FMI sobre a Europa é divulgado no momento em que os países enfrentam uma inflação elevada e uma crise energética cada vez pior

União Europeia (Yves Herman/File Photo/Reuters)

União Europeia (Yves Herman/File Photo/Reuters)

A

AFP

Publicado em 23 de outubro de 2022 às 19h00.

O ritmo lento de crescimento econômico em partes da Europa poderia se transformar em recessão em todo o continente, enquanto a interrupção do fornecimento de energia ameaça com dificuldades econômicas e a crise do custo de vida aumenta a tensão social, alertou o Fundo Monetário Internacional (FMI) neste domingo.

O relatório de Perspectivas Econômicas Regionais do FMI sobre a Europa é divulgado no momento em que os países enfrentam uma inflação elevada e uma crise energética cada vez pior, que reduziu o poder aquisitivo dos lares e elevou os custos comerciais. O novo apoio das autoridades compensa "apenas em parte" essa tensão, pontuou o Fundo.

Assine a EXAME e fique por dentro das principais notícias. Tudo por menos de R$ 0,37/dia

A invasão da Rússia à Ucrânia neste ano fez a inflação disparar, à medida que os preços da energia subiam, o que obrigou o Banco Central Europeu a elevar as taxas de juros, sob o risco de causar uma contração.

"As perspectivas europeias se tornaram consideravelmente sombrias, com um crescimento que irá desacelerar bruscamente e a inflação que permanecerá elevada", destaca o FMI em seu relatório.

O Fundo prevê que Alemanha e Itália entrarão em recessão no ano que vem, tornando-se as primeiras economias avançadas a encolher após a guerra no flanco leste da Europa.

Espera-se que o crescimento nas economias avançadas da Europa caia bruscamente para 0,6% em 2023, segundo o relatório divulgado neste domingo. Para as economias emergentes da região, excluindo os países em conflito e a Turquia, o crescimento também deve cair, para 1,7%, enquanto os prejuízos nos países em conflito serão grandes.

"Um risco-chave a curto prazo é uma interrupção maior do fornecimento de energia, que, combinada com um inverno rigoroso, poderia levar a escassez de gás, racionamento e sofrimento econômico mais profundo", adverte o FMI. A inflação também poderia se manter alta por mais tempo, e a tensão social poderia piorar, devido ao aumento dos custos, acrescenta.

Nas atuais circunstâncias, os bancos centrais deveriam continuar com o aumento das taxas de juros, indica o FMI, que pede "aumentos mais rápidos" nas economias avançadas. Aqueles que levam adiante as políticas têm que "seguir uma linha tênue" entre combater a inflação e apoiar os lares e as empresas vulneráveis durante a crise de energia, ressalta o Fundo.

Acompanhe tudo sobre:FMIUnião Europeia

Mais de Mundo

Congresso americano aprova cortes de US$ 9 bilhões em ajuda externa e para mídia pública

Raios deixam pelo menos 33 mortos na Índia

Acidente em mina de ouro deixa 18 pessoas soterradas na Colômbia

México pede que EUA reconheçam que têm 'um problema grave de consumo de drogas'