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Eurodeputados expressam temor com acordo UE-Mercosul

Bruxelas - Os eurodeputados de vários partidos políticos criticaram hoje diante da ministra do Meio Ambiente e Meio Rural espanhola, Elena Espinosa, a reativação das negociações da União Europeia com o Mercosul porque temem que um eventual acordo prejudique à agricultura europeia. Espinosa apresentou os trabalhos da Presidência espanhola da UE - durante o primeiro […]

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2010 às 18h26.

Bruxelas - Os eurodeputados de vários partidos políticos criticaram hoje diante da ministra do Meio Ambiente e Meio Rural espanhola, Elena Espinosa, a reativação das negociações da União Europeia com o Mercosul porque temem que um eventual acordo prejudique à agricultura europeia.

Espinosa apresentou os trabalhos da Presidência espanhola da UE - durante o primeiro semestre do ano - diante da comissão de Agricultura do Parlamento Europeu (PE), na qual vários eurodeputados lamentaram a retomada das conversas da UE e Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) para um acordo de associação.

A União Europeia e o Mercosul acordaram em maio, durante a cúpula UE-América Latina e Caribe, realizada em Madri, reativar as negociações, suspensas desde 2004.

Hoje, eurodeputados do Partido Popular Europeu (PPE) - entre eles os espanhóis Esther Herranz e Gabriel Mato -, do grupo Os Verdes - como o francês José Bové -, dos reformistas britânicos, unionistas da Irlanda do Norte e um socialista grego criticaram o reatamento das negociações.

Em geral, alertaram sobre o impacto que podem ter eventuais concessões aos produtos do Mercosul em setores agrários europeus como o açúcar e pecuária de corte.

Pelo contrário, os representantes do grupo socialista europeu, entre eles o espanhol Miguel Ángel Martínez, avaliaram o desbloqueio da negociação.

A ministra esclareceu que o acordo com Mercosul não foi negociado ainda, apenas as conversas foram retomadas.

Neste sentido, Espinosa manifestou que a obrigação da UE será "negociar bem, porque um bom acordo equitativo será bom para todos e não haverá nenhuma atividade perdedora ou ganhadora".

"Se fizermos bem, abriremos um imenso mercado de consumidores", acrescentou Espinosa, em referência ao Mercosul.

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