O caso, ocorrido no dia 26 de fevereiro deste ano, provocou um forte debate sobre o racismo nos Estados Unidos (©Pool/AFP / Gary W. Green)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2012 às 17h18.
Miami - O vigia voluntário George Zimmerman foi acusado formalmente nesta terça-feira pelo assassinato em segundo grau do jovem negro Trayvon Martin na Flórida, depois de ter renunciado ao seu direito a um julgamento rápido e de ter pedido mais tempo para a sua defesa, indicaram fontes judiciais.
"A acusação formal foi feita como havia sido dito sem a presença do promotor ou de seu advogado nem dele", confirmou à AFP a porta-voz do tribunal da Flórida responsável pelo caso, Michelle Kennedy.
Antes da audiência desta terça-feira, o advogado de Zimmerman, Mark O'Mara, apresentou duas moções, em uma das quais explicou que "é necessário mais tempo para preparar" a defesa de seu cliente e o documento revela que o Estado não se opõe à solicitação como ente acusador.
A lei faculta aos acusados de crimes graves um julgamento dentro de um prazo de 175 dias depois de terem recebido as acusações contra si, mas, frequentemente, renunciam a esse direito para que seus advogados se preparem da melhor forma possível para sua defesa.
Zimmerman, de 28 anos e filho de um americano com uma peruana, é acusado do assassinato em segundo grau de Trayvon Martin, o jovem negro de 17 anos que morreu baleado quando caminhava desarmado em direção à casa onde seu pai estava.
O caso, ocorrido no dia 26 de fevereiro deste ano, provocou um forte debate sobre o racismo nos Estados Unidos, porque, segundo seus pais, a polícia e a justiça tomaram como verdadeira a primeira versão do vigia, detido apenas seis semanas após o crime e em meio a manifestações populares em várias cidades do país que exigiam sua detenção.