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EUA vendem caças à Arábia Saudita e enviam 'forte mensagem' à região

Funcionário do Departamento de Estado disse que o país está empenhado em garantir a segurança do Golfo Pérsico

A operação vai custar  US$ 29,4 bilhões à Arábia Saudita para a compra do caça F-15A (National Museum of the USAF via Wikimedia Commons)

A operação vai custar US$ 29,4 bilhões à Arábia Saudita para a compra do caça F-15A (National Museum of the USAF via Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 29 de dezembro de 2011 às 17h01.

Washington - A venda de 84 caças F-15 americanos à Arábia Saudita envia uma "forte mensagem" à região, a de que Washington está comprometido com a segurança no Golfo, no momento em que o Irã ameaça fechar o estreito de Ormuz, disse nesta quinta-feira Andrew Shapiro, um funcionário de alto escalão do Departamento de Estado americano.

A transação, anunciada pela manhã, "vai melhorar a capacidade de dissuasão da Arábia Saudita e de defesa contra ameaças externas à sua soberania", declarou.

"Os Estados Unidos e a Arábia Saudita assinaram um contrato (...) de fornecimento de aviões de combate avançado F-15SA à Força Aérea Real Saudita", confirmou, depois, um dos porta-vozes de Barack Obama, Ernesto Josh, no Havaí (Pacífico), onde o presidente americano passa as festas de final de ano.

Os termos da venda já haviam sido apresentados ao Congresso no final de 2010, e não houve objeções.

"O contrato, de 29,4 bilhões de dólares, prevê a produção de 84 novos aviões e a modernização de outros 70" F-15 já utilizados por Riad, disse Josh em comunicado, elogiando as consequências "positivas" do acordo para a economia americana, inclusive com a criação de "50.000 postos de trabalho" permanentes nos Estados Unidos.

Coincidência ou não, o anúncio foi feito num momento en que cresce a tensão entre o Irã, adversário regional da Arábia Saudita na produção de petróleo, e os Estados Unidos, aliados de Riad, um de seus principais fornecedores.

Teerã fez alusão, nos últimos dias, à sua capacidade de fechar o estreito de Ormuz, por onde transitam entre um terço e 40% do comércio de petróleo mundial, em caso de novas sanções internacionais contra o país, por seu controvertido programa nuclear.

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