Drones: uma série de ataques do EI nesses últimos meses obrigou, porém, a deixar as tropas em estado de alerta (Joe Penney / Reuters)
Da Redação
Publicado em 13 de abril de 2016 às 09h21.
O Pentágono anunciou, nesta terça-feira, sua intenção de reduzir o número de soldados americanos que participam da força de manutenção de paz na península egípcia do Sinai e de substituir esse efetivo por "drones", especialmente frente à ameaça do grupo Estado Islâmico.
Cerca de 700 militares americanos participam dessa missão de paz da ONU, que surgiu da assinatura de um tratado de paz de 1979 entre Israel e Egito, após os acordos de Camp David.
A missão é composta por 1.700 soldados e vinha mantendo uma discreta atividade desde sua mobilização. Uma série de ataques do EI nesses últimos meses obrigou, porém, a deixar as tropas em estado de alerta.
Em setembro, a explosão de uma bomba artesanal colocada na beira de uma estrada feriu seis capacetes azuis americanos.
O Pentágono permanece "totalmente comprometido" com a Missão da Força Multinacional de Observadores, embora considere usar aviões não tripulados, os chamados "drones", e outras ferramentas tecnológicas para realizar as tarefas mais arriscadas, declarou seu porta-voz, Jeff Davis.
"Ninguém falou de uma retirada em massa. Acho que temos, simplesmente, de olhar o número de pessoas que temos estacionadas no terreno e ver se algumas funções podem ser automatizadas", completou.
O secretário americano da Defesa, Ashton Carter, e outros funcionários de alto escalão de Washington iniciaram "discussões formais" sobre o tema com Israel e Egito, acrescentou Davis.
O governo americano pretende deslocar uma parte de suas tropas - atualmente perto da Faixa de Gaza - para um campo mais ao sul da península.
Alguns radicais que operam na península do Sinai prometeram fidelidade ao EI em novembro de 2014.