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EUA vão retaliar se Assad atacar, dizem autoridades

Segundo oficiais, EUA têm um bom senso de onde estão localizadas as defesas antiaéreas sírias e seus centros de comando e controle


	O presidente sírio, Bashar al-Assad
 (AFP)

O presidente sírio, Bashar al-Assad (AFP)

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Da Redação

Publicado em 15 de setembro de 2014 às 20h53.

Washington - Os Estados Unidos retaliariam as defesas aéreas do presidente sírio, Bashar Assad, se ele tentasse barrar os ataques aéreos de aviões norte-americanos no país, autoridades de alto escalão do governo do presidente Barack Obama afirmaram nesta segunda-feira.

Segundo os oficiais, os EUA têm um bom senso de onde estão localizadas as defesas antiaéreas sírias e seus centros de comando e controle.

Se Assad tentar usar essas instalações para ameaçar as forças norte-americanas, suas bases estariam em risco, disseram as autoridades, sob condição de anonimato.

Obama autorizou a realização de ataques aéreos no território sírio como parte de uma campanha ampla para eliminar o grupo militante Estado Islâmico, mas nenhuma ofensiva ocorreu ainda no país.

Questionado sobre a possibilidade de ataques contra o regime de Assad se suas forças tentarem atingir norte-americanos, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, disse que há "regras de combate relacionadas a qualquer ordem militar do presidente".

"Não será nenhuma surpresa para vocês saberem que há contingências relacionadas à autodefesa quando chegamos ao ponto de acionar essas regras de combate", ele disse.

A própria discussão sobre o lançamento de ataques aéreos na Síria evidenciou a dificuldade de os EUA empreenderem ações militares em um país que trava uma guerra civil desafiadora.

O conflito criou alianças estranhas, com os Estados Unidos e o regime de Assad agora juntos, focados no combate ao grupo militante Estado Islâmico.

No entanto, autoridades norte-americanas descartaram apoio direto a Assad e insistem que a campanha contra o Estado Islâmico não fortalecerá o ditador sírio no poder.

Obama busca autorização do Congresso para treinar e armar rebeldes moderados no país na esperança de que eles possam lutar tanto contra os extremistas como contra o regime de Assad.

Autoridades disseram que Obama tem ligado nos últimos dias para congressistas de ambos os partidos, pressionando-os para que autorizem a missão de treinamento e abastecimento antes que o Congresso interrompa suas atividades na sexta-feira, ficando inativo durante dois meses em um recesso para a preparação das eleições legislativas de novembro.

O avanço do Estado Islâmico tem aproximado Obama de um possível conflito sírio, o que ele tenta evitar.

Autoridades do governo há muito tempo insistem que uma de suas preocupações com os ataques aéreos contra o regime de Assad é a defesa aérea formidável do governo sírio, que poderia ameaçar as forças norte-americanas.

Essas instalações de defesa são menos comuns nas áreas mais desoladas do leste da Síria, onde as aeronaves dos EUA provavelmente lançarão os ataques aéreos.

No entanto, oficiais tem afirmado que o sistema antiaéreo pode ser movido e isso tem que ser monitorado à medida que a missão norte-americana se desenvolve.

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