Regras mais rígidas: turistas que não precisam de visto vão enfrentar mais dificuldades para entrar no país (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 1 de dezembro de 2015 às 05h43.
Os Estados Unidos vão endurecer os procedimentos de segurança para a entrada no país de visitantes que não precisam de visto - informou a Casa Branca nesta segunda-feira, em resposta aos recentes atentados de Paris.
Também será verificado se os passageiros que chegam aos Estados Unidos sem necessidade de visto estiveram previamente em algum país considerado "refúgio de terroristas".
Atualmente, 38 países, incluindo 23 da União Europeia, beneficiam-se da isenção de visto para entrar nos Estados Unidos.
Agentes federais americanos também vão trabalhar com as autoridades dos países, cujos cidadãos não precisam de vistos para coletar dados biométricos.
Além disso, "equipes americanas de combate no exterior" serão implantadas em áreas onde se acredita que jihadistas procedentes de zonas de guerra poderiam tentar viajar para os Estados Unidos.
A Casa Branca e o Departamento de Segurança Interna pediram ajuda ao Congresso, controlado pelos republicanos, para financiar essas medidas de segurança.
"Se há medidas que podemos tomar para melhorar o fluxo de informação, isso será, evidentemente, um elemento importante para controlar melhor as pessoas", disse o porta-voz da Casa Branca, John Earnest.
O secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, pressionou o Congresso para que aprove o financiamento adicional para ampliar os controles de segurança nos aeroportos.
"Isso implica a mobilização de funcionários das alfândegas americanas nos aeroportos estrangeiros que tenham conexão direta com os Estados Unidos", afirmou Johnson, detalhando que esse já é o caso de 15 aeroportos do exterior.
Cerca de 20 milhões de passageiros entraram sem visto nos Estados Unidos em 2013, segundo a Segurança Interna - o correspondente a pouco mais de um terço do total dos visitantes temporários.
A única formalidade que devem cumprir é completar um formulário biográfico online, o ESTA. O acordo é baseado no princípio de reciprocidade, o que significa que essas condições valem para a entrada dos americanos nos países incluídos na isenção do visto.