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EUA vão agir duro contra quem violar sanções, adverte Obama

Presidente americano fez um duro alerta a empresas que estão de olho em negócios com o Irã

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursa ao lado do presidente da França, François Hollande, na Casa Branca, em Washington (Jonathan Ernst/Reuters)

Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, discursa ao lado do presidente da França, François Hollande, na Casa Branca, em Washington (Jonathan Ernst/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 17h45.

Washington - O presidente norte-americano, Barack Obama, fez um duro alerta nesta terça-feira a empresas que estão de olho em negócios com o Irã, dizendo que os Estados Unidos irão lançar uma "tonelada de tijolos" contra quem violar as sanções impostas ao Irã.

Em declarações à imprensa ao lado do presidente francês, François Hollande, Obama disse que a França e outros aliados estão comprometidos com o cumprimento das sanções existentes, apesar de estarem trabalhando em conjunto para um possível acordo diplomático sobre o programa nuclear iraniano.

Na semana passada, o governo Obama tomou medidas contra várias empresas na Europa e Oriente Médio por não acatarem as sanções contra o Irã, na segunda vez que o governo norte-americano fez isso desde que as potências ocidentais firmaram um acordo provisório com o governo iraniano em novembro.

Obama mencionou essas medidas em sua advertência às empresas de todo o mundo.

"As empresas podem estar indagando ‘existem possibilidades de chegar mais cedo se e quando houver um acordo real?'", disse Obama.

"Elas fizeram isso até agora correndo risco por conta própria porque nós iremos cair sobre elas como uma tonelada de tijolos, no que se refere às sanções que controlamos." Hollande pareceu estar na defensiva nessa questão. No começo do mês ele recebeu uma delegação de mais de 100 executivos franceses, dizendo-lhes que os de visão de maior alcance no grupo ganhariam na corrida por negócios depois do alívio nas sanções ao Irã.

Hollande enfatizou ter alertado o empresariado que as sanções ainda estão em vigor. As empresas tomaram suas decisões de viagens unilateralmente, afirmou.

Com relação a outra questão delicada no cenário internacional, Obama criticou a Rússia por se opor a uma resolução da Organização das Nações Unidas sobre ajuda à Síria.

O ministro de Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta terça-feira que o esboço de uma resolução da ONU sobre acesso para o envio de ajuda na Síria estava "distanciado da realidade" e pediu ao Ocidente que se abstenha de fazer acusações parciais contra o governo sírio.

"O secretário (de Estado, John) Kerry e outros enviaram uma mensagem direta aos russos de que eles não podem dizer que estão preocupados com o bem-estar do povo sírio quando há civis passando fome", afirmou Obama.

Obama disse que os EUA estão avaliando todas as opções em relação à situação na Síria.

"No momento, não achamos que haja uma solução militar per si para o problema, mas a situação é fluida e continuamos a explorar cada espaço possível para resolver este problema", declarou Obama.

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