A Pfizer nega que o remédio leve ao suicídio (Wikimedia Commons)
Da Redação
Publicado em 7 de janeiro de 2011 às 12h00.
Washington - A Pfizer enfrenta nos Estados Unidos centenas de ações na justiça de usuários do Champix, que afirmam que o remédio para deixar de fumar provoca depressão e tendência suicida, informaram advogados nesta quinta-feira.
A vareniclina, autorizada em quase 90 países e usada por cerca de sete milhões de americanos, é alvo de ações na justiça desde o início do ano por fumantes que tentam abandonar o vício.
Um juiz federal do estado de Alabama analisa o grande número de ações contra a Pfizer apresentadas por familiares ou antigos usuários do Champix.
O promotor Ernest Cory acusou a Pfizer de negligência por introduzir o Champix no mercado americano em 2006, baseado em queixas de usuários sobre "problemas neuropsicológicos", incluindo "suicídios, tentativas de suicídio, desmaios e crises de depressão".
Segundo Cory, mais de 100 usuários do Champix cometeram suicídio e a Pfizer corre o risco de enfrentar cerca de mil ações na justiça, a maior parte ligada a suicídio ou tentativa.
Victoria Davis, porta-voz da Pfizer, rejeitou as acusações e garantiu que o laboratório "age com responsabilidade (...). Champix é um tratamento eficiente para numerosos fumantes que querem parar e vamos defender este medicamento útil".
"Não existem provas científicas de que o Champix tenha provocado os acidentes neurológicos informados" nas ações judiciais.