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EUA transferem dois detidos de Guantánamo para a Argélia

Transferência é parte de esforço do país para fechar a polêmica prisão


	Prisão de Guantánamo: governo anunciou planos de repatriar os dois detentos para a Argélia no mês passado, retomando a transferência de detidos pela primeira vez em quase um ano
 (REUTERS/Bob Strong)

Prisão de Guantánamo: governo anunciou planos de repatriar os dois detentos para a Argélia no mês passado, retomando a transferência de detidos pela primeira vez em quase um ano (REUTERS/Bob Strong)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2013 às 14h01.

Washington - Os Estados Unidos disseram nesta quinta-feira que transferiram dois homens do centro de detenção norte-americano na Baía de Guantánamo, em Cuba, para o governo da Argélia como parte de seu esforço para fechar a polêmica prisão.

O Pentágono anunciou a transferência de Nabil Said Hadjarab e Mutia Sadiq Ahmad Sayyab, deixando ainda 164 detidos na prisão, inclusive outros 84 aprovados para libertação anos atrás.

O governo Obama anunciou pela primeira vez os planos de repatriar os dois detentos para a Argélia no mês passado, retomando a transferência de detidos pela primeira vez em quase um ano.

Não estava claro quanto tempo os dois homens permaneceram detidos pelo governo norte-americano. Não foram disponibilizados detalhes por parte do Pentágono ou da Casa Branca sobre os presos.

O Pentágono disse que a decisão de liberá-los foi tomada depois de uma revisão abrangente feita por uma força-tarefa.

O presidente Barack Obama prometeu fechar a prisão, que mantém dezenas de prisioneiros --a maioria sem julgamento-- por mais de uma década. Mas o processo vem se arrastando há anos.

Obama prometeu fechar a instalação durante sua campanha presidencial de 2008, citando os danos que a prisão causou à reputação dos EUA em todo o mundo, mas não conseguiu fazê-lo em quatro anos e meio no cargo, em parte por causa da resistência do Congresso.

O campo penitenciário foi criado durante a presidência de George W. Bush para abrigar estrangeiros suspeitos de terrorismo, depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 contra os Estados Unidos.

Uma greve de fome envolvendo a maioria dos detentos aumentou os pedidos pelo fechamento o centro de detenção. No mês passado, parlamentares censuraram seu custo, cerca de 2,7 milhões de dólares por prisioneiro por ano, em comparação aos 70.000 dólares por detento em prisões federais de segurança máxima.

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