A versão oficial do governo americano sempre sustentou que a operação realizada no Paquistão só terminou com a morte do terrorista porque ele teria oferecido resistência (Getty Images / Darren McCollester)
Da Redação
Publicado em 2 de agosto de 2011 às 20h36.
Nova York - O grupo de operações especiais da Marinha dos Estados Unidos (Seals), que tirou a vida do terrorista Osama bin Laden em maio passado, não tinha a intenção de prendê-lo, mas seu único objetivo era matá-lo, segundo novos detalhes da operação publicados nesta segunda-feira pela revista "New Yorker".
"Nunca esteve em questão se era necessário detê-lo ou capturá-lo. Não foi uma decisão tomada em uma fração de segundo. Ninguém queria prisioneiros", afirmou um oficial de operações especiais à revista, que publica nesta semana um relato detalhado da Operação Gerônimo, que culminou com a morte do líder da rede terrorista Al Qaeda.
A versão oficial do Governo americano sempre sustentou que a operação realizada no Paquistão tinha como missão prender Bin Laden, mas, no calor do momento, o terrorista teria oferecido resistência e, por isso, os militares americanos abriram fogo contra ele, segundo disse em várias ocasiões o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.
Bin Laden morreu após receber dois tiros, um no peito e outro na cabeça, de um dos soldados dos Seals que participou da operação. Após comprovar que o terrorista tinha sido morto, o militar disse pelo sistema de rádio "Geronimo E.K.I.A.", acrônimo em inglês para "inimigo morto em combate".
Foi então que o presidente Barack Obama, que acompanhava a operação ao vivo da sala de crise da Casa Branca, declarou o fim da missão, realizada em uma residência na localidade de Abbottabad, a cerca de 100 quilômetros da capital paquistanesa, Islamabad.