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EUA tentam aprovar na ONU zona de exclusão aérea na Líbia

Hillary Clinton subiu o tom nas críticas a Kadafi e pediu que conselho de segurança autorize a medida para auxiliar os rebeldes

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, aumentou a pressão sobre Kadafi (Olivier Douliery-Pool/Getty Images)

A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, aumentou a pressão sobre Kadafi (Olivier Douliery-Pool/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2011 às 16h33.

Túnis - A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, afirmou nesta quinta-feira que os Estados Unidos tentam "convencer" os demais países-membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas a autorizarem novas ações contra o regime do líder líbio Muammar Kadafi, inclusive "a imposição de uma zona de exclusão aérea".

"Se (Muammar) Kadafi não deixar o poder agora, representará uma grave ameaça para a Tunísia e o Egito", afirmou Hillary em entrevista coletiva após sua primeira visita à Tunísia desde a queda do ex-presidente Zine el Abidine Ben Ali.

A chefe da diplomacia americana explicou que os EUA querem comprovar "quantos países estão dispostos verdadeiramente a realizar o que o Conselho de Segurança autorizar".

Hillary condenou "os crimes humanitários cometidos pelo regime de Kadafi", e destacou a necessidade de chegar a um "cessar-fogo" e solucionar o problema da violência na fronteira com a Tunísia.

"O problema líbio é tratado hoje na sede das Nações Unidas, que procura uma solução definitiva para que Kadafi pare de eliminar seus opositores", afirmou.

Além disso, assinalou que seu país "não deseja que nenhum Estado adote uma decisão unilateral", mas que estas sejam tomadas "através da ONU" e precisou que a Liga Árabe "deu sinal verde" para a organização internacional tomar uma decisão sobre a Líbia.

Perguntada sobre como seria uma hipotética intervenção e se os EUA utilizariam aviões para atacar, Hillary disse que "existe outra solução, que é oferecer armas aos rebeldes para interromper os massacres das tropas de Kadafi contra o povo".

Em qualquer caso, insistiu que "é preciso dar mais tempo aos estrategistas militares para que encontrem outras soluções".

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