Bateria do Domo de Ferro perto do território palestino em Gaza
Repórter colaborador
Publicado em 21 de junho de 2024 às 08h37.
Última atualização em 21 de junho de 2024 às 10h34.
Autoridades dos EUA têm preocupações de que uma guerra total entre Israel e o Hezbollah, o grupo militante apoiado pelo Irã, possa sobrecarregar as defesas aéreas de Israel ao norte – incluindo o famoso sistema de defesa aérea Domo de Ferro.
Segundo autoridades americanas disseram à CNN, o próprio Domo de Ferro pode estar vulnerável frente ao vasto arsenal de mísseis e drones do Hezbollah. O Domo de Ferro é fundamental para a defesa de Israel e o governo dos EUA gastou mais de US$ 2,9 bilhões no programa, de acordo com o Serviço de Pesquisa do Congresso.
O Hezbollah tem armazenado munições de precisão e mísseis do Irã há anos, algo que vem despertando muitas preocupações em Israel. O país, aliás, vem dando vários indicativos aos EUA de que está se preparando para uma terrestre e incursão aérea no Líbano.
No início deste mês, o Hezbollah divulgou um vídeo que pretendia mostrar um drone atingindo e danificando uma parte do Domo de Ferro em uma base militar no norte de Israel. A imprensa israelense informou que parecia ser o primeiro caso documentado de ataque bem-sucedido do sistema.
O chefe do movimento xiita libanês, Hassan Nasrallah, disse nesta quarta-feira que nenhum lugar em Israel estaria seguro caso uma guerra em grande escala tenha início entre os dois.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram não ter conhecimento de qualquer dano ao sistema. Mas as autoridades israelenses disseram aos EUA que acreditam que o Domo de Ferro pode ser vulnerável, especialmente no norte país, e ficaram surpreendidas com a sofisticação dos ataques do Hezbollah.
As FDI estimou que o Hezbollah possui aproximadamente 150.000 foguetes e mísseis, incluindo milhares de munições de precisão.
A força terrestre do Hezbollah também é maior que a do Hamas, com uma estimativa de 40 mil a 50 mil combatentes, segundo o Serviço de Pesquisa do Congresso. Nasrallah, disse na quarta-feira que o número de combatentes do Hezbollah “ultrapassou em muito” os 100.000.